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BRASILEIRO 2022

Palmeiras pagará só 30% de grama sintética instalada no Allianz e no CT

Obra de troca de gramado no estádio e também no local de treinamentos do clube pode custar até R$ 10 milhões e será paga, em maior parte, pela WTorre

Futebol|Felippe Scozzafave, do R7

Allianz Parque está sendo reformado. Reestreia deve ser em fevereiro
Allianz Parque está sendo reformado. Reestreia deve ser em fevereiro

O ano de 2020 é de transformações para o Palmeiras. Além de uma mudança de postura no mercado, sem grandes investimentos, ao contrário do que fazia nos últimos anos, o time terá que se adaptar a um novo gramado. Isso porque o clube, em acordo com a WTorre, administradora do Allianz Parque, optou pela instalação de grama sintética no estádio.

A reforma, aprovada após agradar as duas partes envolvidas, já se aproxima do final e a previsão é que o Alviverde já possa mandar jogos em seu estádio ainda no final de fevereiro. Os duelos com o Mirassol, no dia 16, e contra o Guarani, no dia 20, são os principais candidatos à estreia do novo gramado.

Com o novo solo, o Palmeiras certamente passará a disputar mais jogos dentro de sua casa, já que os responsáveis pela obra garantem que esse gramado não estraga em caso de shows, onde um peso elevado é colocado sobre ele. Além disso, há a expectativa também de um ganho técnico para a equipe a partir do momento que os atletas acostumarem com o sintético.

A adaptação a esse novo tipo de grama está sendo levada tão a serio, que o clube decidiu reformar também um dos campos de seu centro de treinamento, que passa a utilizar uma grama sintética semelhante à instalada no Allianz Parque.


Rolos do novo gramado já estão prontos para serem instalados no Allianz
Rolos do novo gramado já estão prontos para serem instalados no Allianz

E o custo das obras na Academia de Futebol é basicamente tudo o que o Palmeiras tem que arcar. Segundo Mike Willian, diretor de operações do estádio, a WTorre e o clube chegaram a um acordo de divisão dos gastos que devem variar entre R$ 7 milhões e R$ 10 milhões.

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"A divisão é proporcional. Como aqui no Allianz demandava urgência, a gente está trabalhando em três turnos e acredito que tenha uma exigência maior, o processo é mais caro do que a instalação do mesmo gramado no CT. Então a administração do estádio arca com 70% das obras e o Palmeiras com 30%", disse ele, explicando que o investimento deve ser recuperado rapidamente: 


"É uma economia significativa. A gente acredita que, com energia elétrica e com manutenção do gramado natural, sem contar as trocas de gramado que a gente fazia, a gente chega a quase R$ 150 mil de economia por mês. No máximo em três anos recuperamos esse dinheiro e acreditamos que essa solução vai ser boa para todo mundo. A gente perdia cerca de 50 dias entre manutenção, preparo prévio do gramado, que agora não vamos perder. Ou seja, teremos mais datas para realizar eventos, seja ele corporativo, jogos da base. No gramado antigo, a gente não conseguia fazer um jogo da base na sexta-feira se o time profissional jogar no sábado. Agora isso é possível. Então nós vamos ganhar pelo menos cinco novas datas de eventos por aqui."

Alessandro Oliveira, CEO da Soccer Grass, não só concorda, como acredita que Palmeiras e Allianz Parque não terão problemas com esse gramado por um longo período. Segundo ele, o Alviverde sai na frente em relação a seus rivais. E vê o sintético como ideal também para times menores, que não lucram tanto com seus estádios.


"A garantia do gramado é de 8 anos, mas esse campo não precisa trocar no período de 15 anos. E eu estou para te dizer que vai mais longe ainda. Até porque aqui não vai usar muito. É no máximo uma vez por semana. E acredito que se os clubes não acompanharem isso, vão ficar bem para trás. A tendência é que fique cada vez mais comum. Até mesmo para times menores. Além de você ter uma excelência de qualidade de grama, você tem uma redução na manutenção de forma expressiva e pode utilizar a grama de outras formas, com eventos. Hoje em dia muitos estádios dão prejuízo. Você joga muitas vezes fora de casa, mas os gastos continuam. Então a conta não fecha, já que você tem pouca receita. Vamos dar o exemplo de um time pequeno. Ele pode sediar festas em seu estádio e arrumar uma nova fonte de renda, já que isso não vai estragar o seu gramado. Além disso, o clube pode vender o CT. Pra que ele vai ter o CT? Ele treina lá para não gastar o gramado, mas tendo uma grama dessas, que não estraga, não tem motivo para manter aquele custo, aquela manutenção. Ele pode treinar em seu estádio e passa a ter um saldo positivo."

'É um teste bem caro, mas é um teste'

Apesar da confiança de que o projeto dará certo, assim como aconteceu na Arena da Baixada, em Curitiba, tanto o Palmeiras quanto a administração do Allianz Parque tem a ciência de que, caso o time não se adapte ao gramado sintético, ou então a instalação fique abaixo da expectativa de alguma forma, não haveria problema em voltar atrás e o estádio voltar a ter grama natural.

"O acordo foi feito com as duas partes em acordo, tanto o Allianz Parque como o Palmeiras. Não houve uma medida ditatorial de um dos lados querer e o outro ter que aceitar. Mas como qualquer mudança, a gente sabe que é algo que pode ser revertido. A gente espera e confia muito no sucesso, mas caso não dê certo, a gente retoma à origem natural. É um teste. Um teste caro, eu diria, um teste de longo prazo. E as duas partes estão cientes que, se der errado, a gente pode voltar atrás", finalizou Mike Willian.

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