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BRASILEIRO 2022
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Não só famosos homenageiam Pelé: na porta do hospital, anônimos mostram amor ao Rei

Atleta do Século faleceu na última quinta-feira (29), no hospital Albert Einstein, zona sul de São Paulo, aos 82 anos

Futebol|Pietro Otsuka, do R7


Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu aos 82 anos, em São Paulo
Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu aos 82 anos, em São Paulo

Às 4h30 de sexta-feira (30), Antônio da Paz saiu de sua casa em Santo André, região metropolitana de São Paulo, em direção ao Albert Einstein, na zona sul. Entre tantas homenagens de celebridades, clubes e jogadores, pessoas comuns, como tantos outros que estiveram na porta do hospital, foram até lá para se despedirem do homem que os fez gostar de futebol, e se orgulhar de serem brasileiros.

“Pelé é o símbolo do nosso Brasil. Todos os jogadores brasileiros devem a ele. O Rei transmitia alegria, brincava com a bola. Fará falta no país. A gente fica triste por perder, na passagem de ano, o maior ídolo do futebol brasileiro”, lamenta Antônio da Paz.

Antônio da Paz saiu de casa às 4h30 para homenagear Pelé
Antônio da Paz saiu de casa às 4h30 para homenagear Pelé

Com uma camisa estampada com a foto do Atleta do Século e flores nas mãos, ele conta que ficou toda a noite de quinta-feira (29), dia em que o Rei nos deixou, preparando cartazes com homenagens que pendurou em frente à fachada do hospital. “Agora eu vou até a noite e amanhã estarei aqui de novo. Não vou sair”, revela.

Por lá também estava Sérgio Silva, amazonense de Manaus. Silva veio a São Paulo para correr na São Silvestre, mas, quando viu as notícias sobre a morte de Pelé, não pensou duas vezes e foi ao Albert Einstein.

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Sua esposa, com quem está casado há mais de 30 anos, também lutou contra um câncer no intestino, o mesmo que o Rei teve. Depois de 23 cirurgias bem-sucedidas, Sérgio Silva e a mulher correm lado a lado, ambos inspirados pelo Rei.

Pelé foi um ser humano que deu muitas alegrias ao mundo inteiro. Esse legado%2C ele deixa aqui na terra. Quando Pelé estava jogando%2C meu amigo%2C o Brasil parava. O mundo parava pra ver o Rei

(Akazly, índio da tribo tabajara, no interior do Ceará)

Akazly e Sérgio Silva vieram do Ceará e do Amazonas, respectivamente, para homenagear o Rei
Akazly e Sérgio Silva vieram do Ceará e do Amazonas, respectivamente, para homenagear o Rei

“A gente procurou vir porque é uma forma de a gente mostrar o nosso amor. Sabemos que não vamos poder vê-lo fisicamente, mas em espírito ele está aqui conosco. Dói e dói muito. Uma dor de perder alguém que nos representou. Surgiu Messi, Neymar, Cristiano Ronaldo, Ronaldinho etc., mas o Pelé se confunde com todos eles. Aliás, eles se confundem com Pelé. Ele será único. Obrigado, Pelé”, disse, emocionado.

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Diretamente da aldeia tabajara, em Serra da Mata, no interior do Ceará, estava também Akazly. Conhecido por correr descalço na São Silvestre, o homem, de 75 anos, foi outro que sentiu necessidade de se despedir do Rei do Futebol. 

"Quando fiquei sabendo da notícia, já vim pra cá prestar homenagem. O Pelé foi o atleta que, como veterano, me inspirou e vai me inspirar daqui para a frente, até eu completar minha missão nessa terra", afirma Akazly.

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"É o legado que ele deixa para nós, a continuação da vida. Ele plantou e está deixando para nós colhermos. A morte o levou, mas ele deixa uma vida de realizações para nós", completa. 

O Rei do Futebol será velado na Vila Belmiro, em Santos, na segunda-feira (2), às 10h. O velório será aberto ao público e continuará até terça-feira (3), quando será realizado um cortejo pela cidade do litoral paulista. O corpo de Pelé será sepultado no cemitério vertical Memorial Necrópole Ecumênica.

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