Ministra do Trabalho pede a demissão de cartola que forçou beijo em jogadora espanhola

'As desculpas dele não funcionam de jeito nenhum', afirma Yolanda Díaz; Luis Rubiales, presidente da RFEF, diz que não teve 'ma-fé'

21/08/2023 - 21h59 (Atualizado em 29/03/2024 - 08h36)

A ministra do Trabalho e Economia Social da Espanha, Yolanda Díaz, pediu a demissão do presidente da RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol), Luis Rubiales, que, na comemoração do título da Copa do Mundo Feminina, beijou à força a jogadora Jenni Hermoso.

Em um discurso feito no Congresso do país nesta segunda-feira (21), Díaz condenou a atitude do chefe do futebol espanhol e disse que o pedido de desculpas feito por ele não é suficiente.

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“O Sumar [coalização partidária] expressa a condenação mais forte ao que vimos ontem. Ele beijou e agrediu uma mulher. As desculpas dele não funcionam de jeito nenhum. Pedimos o cumprimento da Lei do Esporte e que se ativem os protocolos da Federação de Esportes. Essa pessoa deve ser demitida”, declarou a ministra.

Pela manhã, Rubiales apareceu em um vídeo desculpando-se pelo fato, mas classificou o beijo como “um momento de máxima efusividade, sem más intenções”.

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"Foi um feito histórico para o futebol espanhol. Mas também há um fato que tenho de lamentar, que é o que se passou entre mim e uma jogadora. Há uma relação magnífica entre nós, assim como com as outras, mas, com certeza, me enganei. Tenho de admitir, porque foi em um momento de máxima efusividade, sem más intenções, sem má-fé. O que aconteceu foi muito espontâneo, sem má-fé de nenhuma das partes”, diz o mandatário no vídeo, divulgado pela federação espanhola.

Ainda no vestiário, durante as comemorações do inédito título da Espanha no Mundial feminino, Jenni Hermoso disse durante uma transmissão feita nas redes sociais que não havia gostado da atitude de Rubiales.

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Horas depois, após a repercussão negativa, a jogadora do Pachuca pôs panos quentes na situação e disse que o beijo de Rubiales foi “um gesto mútuo totalmente espontâneo por conta da alegria de ter ganhado um Mundial”.

A atleta disse ainda que mantém uma ótima relação com o presidente da federação de futebol.

"Não dá para exagerar num gesto de amizade e gratidão, ganhamos uma Copa do Mundo e não vamos nos desviar do que é importante", completou.

É festa! Veja a comemoração da Espanha, que conquista de forma inédita a Copa do Mundo

A Espanha é, pela primeira vez na história, campeã da Copa do Mundo feminina! Após um confronto contra a Inglaterra, as jogadoras garantiram a vitória por 1 a 0 e levantaram o troféu. Ainda em campo, as atletas e a comissão técnica espanhola celebraram — e muito — a conquista inédita

Assim que a árbitra Tori Penso deu o apito final, as jogadoras do banco de reservas se uniram às titulares e fizeram um montinho para comemorar

Na beirada do campo, a comissão técnica de Jorge Vilda também se reuniu em um grande abraço

Poucos momentos depois, os dois grupos se juntaram em um só, para continuar as celebrações. As atletas, no entanto, evitaram o contato com o treinador, que boicotou a equipe

Acontecimentos

1. Copa do Mundo Feminina; 2. Submarino desaparecido; 3. Conflito em Israel e Gaza; 4. Eclipse solar; 5. Terremoto na Turquia; 6. Posse do Lula; 7. Calor excessivo; 8. Greve de metrô em SP; 9. Reforma tributária; 10. Lua azul

A comemoração foi contrastada com a tristeza das inglesas, que não conseguiram o empate durante os 90 minutos e se tornaram vice-campeãs

Antes da entrega do troféu, ocorreu a premiação da Fifa de Melhor Jogadora Jovem, Bola de Ouro e Luva de Ouro. A primeira chamada para receber o prêmio foi Salma Paralluelo, de 19 anos, que recebeu o título de Melhor Jogadora Jovem

Em seguida, Mary Earps, goleira da Inglaterra, foi recebida com muitos aplausos e apoio para segurar o prêmio Luva de Ouro

O prêmio Bola de Ouro, de artilheira da Copa do Mundo, ficou para a espanhola Aitana Bonmati

As inglesas receberam a medalha de vice-campeãs e posaram para as fotos com um semblante triste, por causa da derrota na grande final

A técnica Sarina Wiegman se tornou vice-campeã pela segunda vez consecutiva. Em 2019, a treinadora comandou a Holanda, que perdeu a final para os Estados Unidos. Em 2023, a holandesa guiou a Inglaterra até a final, mas foi superada pela Espanha

Alexia Putellas, duas vezes premiada melhor jogadora do mundo, beijou o troféu. Ela não foi titular no último jogo, mas entrou em campo no segundo tempo

Copa do Mundo Feminina: Espanha

No Mundial disputado na Austrália e na Nova Zelânda, a "Fúria" venceu o torneio pela primeira vez na história, batendo a Inglaterra na grande final, com gol de Olga Carmona

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