Milan completa 10 anos de déficit e aposta no título para vencer crise
Fundo de investimento que controla o clube desde 2018, o Elliot, teve de realizar um aporte de 325 milhões de euros em 2019 para cobrir rombo
Futebol|Eugenio Goussinsky, do R7
Milan e a palavra negócio sempre estiveram associados. Quando os negócios iam bem para os donos do clube, o time ia bem. Mas quando o clube dava prejuízo aos seus proprietários, a situação se complicava.
O próprio nome do Milan é uma jogada de marketing de seus primeiros donos, os britânicos Alfred Edwards e Herbert Kilpin, que preferiram manter o nome d clube que representava MIlão (Milano) em inglês, idioma da então potência comercial da época, a Inglaterra.
Essas idas e vindas em função dos bastidores financeiros são uma constante em todas as grandes equipes. Mas, no futebol italiano e no Milan, em especial. Após uma era de conquistas, quando os gastos costumam ser altos, é frequente que venha um período de crise e deficit.
E desde o título da Champions de 2007, o clube vive um período de baixa. Chegou a vencer o Italiano em 2011, mas, nesta semana, mesmo após duas vendas seguidas, em 2017 e 2018, o Milan encerrou a temporada 2019-2020 com um prejuízo entre os 175 milhões (R$ 1,14 bil) e os 200 milhões de euros (R$ 1,3 bi), segundo o site Palco 23.
Com isso, são 10 anos consecutivos que o clube de Milão opera no "negativo", no último ano também em função da pandemia.
O fundo de investimento que controla o clube desde 2018, o Elliot, teve de realizar um aporte de 325 milhões de euros em 2019 para cobrir o atual rombo financeiro.
Em campo, o clube aposta nesta temporada para finalmente levantar um troféu. A solução encontrada foi a montagem de um time eficiente, com jogadores não tão caros, como o zagueiro dinamarquês Simon Kjaer, o volante argelino Ismael Bennacer e o meia turco Hakan Çalhanoğlu, entre outros.
A referência maior, no entanto, é o experiente atacante Zlatan Ibrahimovic, que tem ajudado a manter a equipe com um espírito vencedor. Ibrahimovic reestreou em janeiro deste ano e fez de seu retorno ao clube, já veterano, um novo projeto de vida.
Não é à toa que, no atual momento, o Milan divide a liderança com o Atalanta, em termos de número de pontos, perdendo apenas no saldo de gols.
Após um período de incertezas, em função do déficit inclusive, os proprietários do clube resolveram confiar no técnico Stefano Pioli, que comanda o clube há cerca de um ano e está invicto desde junho, na retomada do futebol após a parada por causa da pandemia.
Somente desta maneira o Milan poderá sair da crise financeira. Ou pelo menos amenizá-la. Com um título que, necessariamente, seja conquistado por um time bom e minimamente barato.
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