Merecia mais? Balanço da temporada mostra que Vini Jr. deveria ser finalista do The Best
Brasileiro foi eleito o melhor jogador do Mundial de Clubes e da temporada no Real Madrid, mas ficou de fora da lista
Futebol|Do R7
Vini Jr. ficou fora dos indicados para o prêmio The Best deste ano, organizado pela Fifa. O troféu leva em consideração a temporada de 2022 e 2023, mais precisamente de 19 de dezembro de 2022 (pós-Copa do Mundo) a 20 de agosto de 2023.
O brasileiro também não esteve no Top 11 de melhores jogadores da Uefa. Porém, o balanço dos últimos meses mostra que ele não deveria ter sido cortado da lista da Fifa.
O atacante começou o ano, logo em fevereiro, com nada mais, nada menos, que o título do Mundial de Clubes. Ele foi eleito o melhor em campo na semifinal, com o Al-Ahly, e na final, contra o Al-Hilal.
O desempenho rendeu ao craque o prêmio Bola de Ouro da competição, que é dado ao melhor jogador do torneio.
Em maio, o camisa 7 levantou a taça da Copa do Rei. Mesmo que o ano não tenha sido de títulos, os números de Vini impressionam: foram 25 gols e 22 assistências em 64 jogos, segundo o Sofascore (com o Real e a seleção brasileira). O atacante ainda deu 75 chutes ao gol e 121 passes decisivos.
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Depois da saída de Benzema para a Arábia Saudita, em julho, o brasileiro assumiu de vez a camisa 7 e o protagonismo do Real Madrid. Ele saiu da ponta esquerda e divide todo o setor ofensivo com Rodrygo.
O jogador fez jus à confiança dada por Carlo Ancelotti e foi eleito o melhor jogador dos merengues na temporada de 2022/23, mais conhecido como o prêmio "Jogador Cinco Estrelas".
Mesmo que o título da Liga dos Campeões tenha escapado, Vini fez parte da seleção da Champions organizada pela Uefa. Ao lado de Bernardo Silva e Erling Haaland, ele compôs o trio de ataque e foi o único brasileiro da escalação.
Vale ressaltar que, atrás apenas de Haaland e Mbappé, Vini é o jogador mais valioso do mundo.
O jogador vem conseguindo dar o seu melhor mesmo diante dos recorrentes casos de racismo que sofre na Europa. Apenas em 2023, já foram quatro episódios.
Em janeiro, torcedores do Atlético Madrid penduraram um boneco, com a camisa do brasileiro, enforcado em uma ponte na cidade de Madri. Em fevereiro, março e maio, ele foi alvo de ofensas racistas por torcedores do Mallorca, Betis e Valencia.
Contra o Osasuna, também em fevereiro, torcedores chegaram a desejar a morte do jogador.
O atacante virou símbolo da luta contra o racismo no esporte. Esssa postura, portanto, deveria também ter sido considerada pela Fifa, que diz avaliar a conduta do atleta dentro e fora de campo.
Ainda é importante ressaltar que a Federação se diz "tolerância zero" ao racismo e até escolheu o próprio brasileiro para chefiar uma comissão interna voltada ao antirracismo no futebol.
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