Meia brasileiro elogia Jesus, mas vê Al-Hilal 'de igual para igual' com Fla
Há cinco anos na Arábia Saudita, Carlos Eduardo foi treinado por português e é um dos destaques da equipe que tenta vencer Rubro-Negro nesta terça-feira
Futebol|Felippe Scozzafave, do R7
O que já era esperado por Jorge Jesus realmente aconteceu. Com a vitória do Al-Hilal para cima do Espérance por 1 a 0, o time árabe, treinado pelo português até alguns meses atrás, está no caminho do Flamengo, em duelo que define o primeiro classificado para a grande final do Mundial de Clubes.
E se a torcida do time brasileiro já está pensando em uma eventual final contra o Liverpool, a confiança é grande no adversário rubro-negro de que pode surpreender o campeão da Libertadores.
"Temos uma equipe muito forte e capaz de brigar de igual para igual com qualquer equipe da competição. É um jogo só, tudo pode acontecer, não há favoritismo de lado algum se a gente se esforçar e der o nosso melhor. É o que vamos fazer", declarou o confiante Carlos Eduardo, capitão do Al-Hilal, em bate-papo com a reportagem do R7.
O meia, de 30 anos, sendo quase cinco no clube árabe, pouco atuou no Brasil antes de desembarcar no futebol europeu. E conhece como poucos Jorge Jesus. Isso porque, além de ter sido comandado pelo português por alguns meses na Arábia, ainda foi adversário do treinador nos tempos em que atuou em Portugal, por Estoril e Porto.
Segundo ele, tudo o que o técnico está conquistando no Brasil, com direito a títulos do Brasileiro e da Libertadores, já era esperado. "O Jorge é um grande treinador, passou por aqui conosco, e o sucesso dele no Brasil não surpreende. É um ótimo profissional."
O fato de um treinador no quilate de Jorge Jesus, bicampeão português pelo Benfica, ter passado por lá, dá mostras de que o futebol árabe está bem mais evoluído do que os brasileiros acreditam. "Acho que está crescendo muito o futebol por aqui, tanto na questão técnica, quanto de estrutura. Tanto que temos muitos jogadores que fizeram a carreira na Europa, jogaram por suas seleções, Copa do Mundo, e hoje atuam aqui. Acho que não há mais essa diferença tão grande. O nosso time e o campeonato aqui são muito fortes", disse ele, se referindo a atletas como o italiano Sebastian Giovinco e também o francês Bafétimbi Gomis, que marcou o gol da classificação da equipe nas quartas de final do Mundial.
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Há muitos anos atuando no exterior, Carlos Eduardo admite ser especial um confronto contra um time brasileiro, ainda mais contra o Flamengo, seu rival desde os tempos em que atuou no Fluminense. E ele não descarta a possibilidade disso virar algo frequente, com ele se transferindo para algum time daqui em um futuro próximo.
"Eu sou muito feliz por aqui, tenho o carinho de todos no clube, na cidade, tudo muito bem estruturado, mas eu sou profissional, sei que no futebol as coisas mudam rapidamente e oportunidades aparecem o tempo todo em todos os lugares. Estou muito tranquilo com relação ao meu futuro, não descarto nenhuma possibilidade nunca", finalizou.
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