Marcelinho Carioca lança camisa retrô e fala de seleção, torcida única e Corinthians
Ídolo alvinegro acredita na vitória do Timão no clássico deste domingo no Allianz Parque
Futebol|Do R7

Considerado um dos grandes ídolos do Corinthians, o ex-meia Marcelinho Carioca esteve no último sábado (11) na loja Poderoso Timão da Arena Corinthians para o lançamento de sua linha retrô. Durante mais de três horas de evento, o eterno camisa 7 alvinegro atendeu torcedores, distribuindo autógrafos e tirando fotos.
Na ocasião, Marcelinho não deixou de falar sobre o dérbi deste domingo, quando Corinthians e Palmeiras se enfrentam no Allianz Parque pelo Campeonato Brasileiro. Para o Pé de Anjo, o fator ‘torcida única’ é inaceitável.
— É ridículo [obrigar torcida única], estão matando o futebol, que já está muito mecanizado. Lógico que a gente quer ver mais família nos estádios, mas tem que ter as duas torcidas. Quem cometeu vandalismo tem que ser castigado, mas a lei do nosso País não funciona.
Se fora de campo Marcelinho critica, dentro de campo ele acredita que Tite usará de sua experiência para vencer o jogo.
— É difícil jogar na casa do adversário, com a torcida deles. Lógico que nossa camisa pesa muito. Tenho certeza que o Tite vai trabalhar mais as partes emocional e psicológica. O Corinthians tem tudo para conquistar essa vitória.
Do time campeão brasileiro de 2015, o Corinthians perdeu diversas peças, como Gil, Ralf, Renato Augusto, Jadson e Vagner Love. Por ter sido meia, Marcelinho analisou o setor alvinegro e assumiu: “não dá para comparar o Renato Augusto e o Jádson com os jogadores atuais”.
— Respeito todos, mas a diferença é gritante. Eram jogadores [Renato e Jadson] que anteviam jogadas, pisavam na bola, cadenciavam o jogo, colocavam velocidade na hora certa e davam lançamentos precisos. Os atletas atuais têm potencial, são bons jogadores, mas para envergar a camisa do Corinthians e mostrar que tem 'garrafa vazia para vender' ainda vai demorar um pouco. O Corinthians ainda perdeu seu pilar na frente da zaga, que era o Ralf e isso faz muita diferença porque era uma espécie de terceiro zagueiro.
A seleção brasileira está em um momento importante. Sexto lugar nas Eliminatórias, disputando a Copa América Centenário e prestes a iniciar os Jogos Olímpicos. E claro que o Pé de Anjo falou sobre o time Canarinho, o trabalho do técnico Dunga e Neymar.
— Pelo momento, acho que o melhor nome para comandar a seleção é o Tite, que é um gestor de pessoas. O Dunga conhece o futebol de quando jogou, mas como treinador o Tite está à frente. Apesar dos contras ele vem fazendo um bom trabalho, e torço para ele consiga trazer novamente o bom futebol. E sobre o Neymar, temos uma dependência total dele. O Willian tem se destacado bastante e tenho certeza que ele dividirá essa responsabilidade com o Neymar. O Phillipe Coutinho também tem muito talento. Tem que repetir o que o Brasil fez em 1970: dar um jeito para encaixar o talento dentro do time.
Especialista em bola parada, Marcelinho Carioca reconhece que o futebol brasileiro atual carece de grandes cobradores de falta.
— Acho que você nasce com esse dom e realmente está difícil de achar. Se você for às periferias você encontrará um talento para bolas paradas. Depois é dar o desenvolvimento nos treinos. Atualmente os jogadores estão com medo de chutar de longe, fazer um gol olímpico... Eles têm seguido tudo o que o treinador tem pedido. O jogador precisar ser mais ousado e não é isso que temos visto atualmente.
O carinho sempre recebido por parte da torcida corintiana também foi assunto para o camisa 7.
— Acho que gratidão não tem preço. Fico muito feliz por essa homenagem e lançar essa camisa retrô aqui na loja da Arena Corinthians. Nos quase nove anos de Corinthians foi uma reciprocidade enorme e verdadeira. Por isso que eu digo, de peito aberto: Corinthians minha vida, Corinthians minha história, Corinthians meu amor.