Máfia das apostas: Justiça aceita denúncia do MP e torna réus Alef Manga e outros seis jogadores
Ao todo, 14 novos investigados se tornaram réus por participar de esquema de manipulação em jogos do Brasileirão e Estaduais
Futebol|Do R7
Nesta quinta-feira (27), a Justiça aceitou a denúncia do MP-GO (Ministério Público de Goiás) na operação Penalidade Máxima e tornou réus outros 14 investigados no esquema de apostas que manipulou resultados de jogos do Paulistão e das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Dentre eles está o atacante Alef Manga, do Coritiba, que disputa a primeira divisão do Brasileirão em 2023.
A decisão do juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara de Repressão ao Crime Organizado e Lavagem de Capitais, tornou réus sete jogadores e outros sete acusados no esquema. Além de Manga, os outros seis jogadores que viraram réus são Dadá Belmonte, Igor Cariús, Jesus Trindade, Pedrinho, Sidcley e Thonny Anderson.
Dos atletas envolvidos, o caso de Cariús ainda tem uma reviravolta. O atleta do Sport chegou a ser julgado e absolvido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), mas o juiz entendeu que a nova denúncia apresentada pelo MP não é “mero desdobramento” da última fase da operação, e por isso o jogador se torna réu.
Principal nome da nova lista de reús, Alef Manga chegou a ter seu nome citado em conversas anexadas no inquérito da segunda fase da operação Penalidade Máxima, deflagrada em maio. Na época, o Coritiba afastou o jogador, mas o reintegrou rapidamente. À reportagem, o clube afirma que não vai se manifestar após novas movimentações na Justiça nesta quinta-feira.
As investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) revelam que Alef Manga fez acordo com o grupo de apostadores para receber R$ 50 mil em troca de levar um cartão amarelo na partida contra o América-MG, válida pela 25ª rodada do Brasileirão do ano passado.
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Além desses atletas, outros sete nomes, entre empresários, apostadores e aliciadores, serão julgados nas próximas semanas. Dentre esses, estão Bruno Lopez, conhecido como BL e apontado como o chefe da organização criminosa; Cleber Vinicius Rocha Antunes, empresário conhecido como Clebinho Fera; Ícaro Fernando Calixto dos Santos; Luis Felipe Rodrigues de Castro, conhecido como LF; Romário Hugo dos Santos; Thiago Chambó Andrade; e Victor Yamasaki.
A partir da decisão do juiz, as defesas terão o prazo de dez dias para analisar os autos do processo, responderem à acusação e produzir as provas. No rol das testemunhas, estão cinco atletas que admitiram culpa na máfia das apostas: Bryan Garcia, Diego Porfírio, Sávio, Nino Paraíba e Vitor Mendes.
Conheça os jogadores citados na Máfia das Apostas e o que aconteceu com cada um