Libertadores: Botafogo vive ‘fase muito estranha’, e Zubeldía alivia pressão após vitória
Renato Paiva lamentou momento difícil do Glorioso após nova derrota, e triunfo do São Paulo sobre o Libertad deu respiro ao técnico argentino
Futebol|Do R7

O Botafogo, atual campeão da Libertadores, sofreu, nesta quarta-feira (23), sua 13ª derrota na temporada, ao perder por 1 a 0 para o Estudiantes, na Argentina, com uma falha marcante do goleiro John. Após o jogo, o técnico Renato Paiva definiu o momento do Glorioso como uma “fase muito estranha”.
Também pela competição continental, o São Paulo conquistou uma importante vitória por 2 a 0 contra o Libertad, no Paraguai, pela terceira rodada da fase de grupos, e assumiu a liderança isolada do rupo D com sete pontos.
Com gols de Lucas Ferreira e André Silva, o Tricolor não só garantiu os três pontos, mas também trouxe alívio ao técnico Luis Zubeldía, que enfrentava pressão após tropeços no Campeonato Brasileiro e um empate em casa contra o Alianza Lima.
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Derrota e lamentos cariocas
Enquanto o São Paulo celebra, o Botafogo vive um momento de instabilidade. A derrota para o Estudiantes, por 1 a 0, foi marcada por um “frangaço” do goleiro John, que falhou em chute de Carrillo, desviado por Gregore.
O gol, aos olhos do goleiro, não foi erro, mas “azar” e “detalhe do gramado”. “Fiz o movimento certo, mas a bola tomou uma curva a mais. É levantar a cabeça”, disse John na coletiva pós-jogo.
O técnico Renato Paiva, por sua vez, lamentou a “fase muito estranha” do time, que estacionou com três pontos na terceira posição do grupo A. “Quando criamos, não fazemos. Em erros básicos, perdemos jogos”, analisou.
O português destacou chances desperdiçadas, como uma cabeçada de Artur e um chute de Savarino que acertou o travessão, e criticou o desempenho defensivo. “Afundamos demais o bloco, não conseguimos sair para a pressão”.
Com 13 derrotas em 22 jogos em 2025, o Botafogo iguala o número de reveses de todo o ano de 2024. Paiva reconheceu que o time campeão da Libertadores “já não existe mais” e apontou a necessidade de corrigir erros claros.
O Alvinegro volta a campo no sábado (26), às 21h, em casa, contra o Fluminense, pelo Brasileirão. O próximo duelo pela Libertadores é no dia 6 de maio, contra o Carabobo, da Venezuela.
Invencibilidade e projeto a longo prazo

O São Paulo chega a 12 jogos sem derrota na Libertadores, 11 deles sob comando do argentino Zubeldía. Até aqui, são seis vitórias e cinco empates. A última derrota na competição foi em 4 de abril de 2024, para o Talleres, ainda na era Thiago Carpini.
Na vitória no Paraguai, os garotos de Cotia brilharam. Lucas Ferreira, que entrou no intervalo, marcou o primeiro gol e participou do segundo, enquanto Matheus Alves, titular, incomodou a defesa adversária.
Em coletiva, Zubeldía minimizou a invencibilidade e destacou a construção de um projeto consistente. “São dados que não gosto, me incomodam. O mais importante são as três Libertadores e os três Mundiais do São Paulo. É um time em reconstrução”, disse.
Ele também celebrou a vitória fora de casa: “Vir aqui e ganhar não é fácil. Pela história do São Paulo, temos que seguir por esse caminho”.
A pressão sobre o treinador, intensificada por resultados irregulares no início da temporada, parece ter diminuído. Os jogadores comemoraram os gols com Zubeldía, e os torcedores cantaram o nome do argentino nas arquibancadas.
O técnico, porém, nega que haja crise. “Não é um momento de pressão. Faço o que creio. Se criticam cedo demais, digo: ‘Calma, vão ver no decorrer dos meses’”, disse na entrevista coletiva.
Zubeldía também enfatizou a cautela com os jovens da base, como Lucas Ferreira, e a expectativa pelo retorno de jogadores como Igor, Ryan e Rodriguinho, que podem fortalecer o elenco.
O próximo desafio do São Paulo é pelo Campeonato Brasileiro, contra o Ceará, no sábado (26), às 18h30, na Arena Castelão.
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