Jogadoras da seleção de futebol dos EUA processam federação
Ação foi iniciada poucos meses antes da estreia da equipe na Copa do Mundo de futebol feminino, que será realizado na França
Futebol|Eugenio Goussinsky, do R7
As 28 membros da seleção feminina dos Estados Unidos estão processando a Federação de Futebol do país, por meio de uma ação de discriminação de gênero.
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O processo foi iniciado nesta sexta-feira(8), Dia Internacional da Mulher, mas é apenas mais um capítulo de uma luta de alguns anos, que envolve remuneração, apoio e condições de trabalho. As informações são do The New York Times, em artigo de Andrew Das.
A queixa é relativa ao que as atletas consideram “discriminação institucionalizada de gênero”. No processo, aberto no Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Los Angeles, a reivindicação, segundo elas, não diz respeito apenas à questão salarial, mas também de métodos e locais de treinamentos, tipo de tratamento médico e tipos de viagens.
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Entre as que entraram com a ação estão as estrelas do time, Carli Lloyd, Megan Rapinoe e Alex Morgan, as duas últimas presentes na vitória dos Estados Unidos sobre o Brasil, por 1 a 0 na terça-feira (5)., pela Copa She Beleives, em Tampa, Florida.
A nova demanda ocorre poucos meses antes do início da Copa do Mundo de futebol feminino, da qual os Estados Unidos são os atuais vice-campeões. O torneio, que será realizado na França, começa no dia 7 de junho. A equipe americana estreia no dia 11 de junho, contra a Tailândia.
Mas mesmo com o risco de atrapalhar a preparação da equipe, as ações têm surtido efeito benéfico para este esporte que, nos Estados Unidos, está em um estágio ainda mais avançado do que o futebol masculino, já que sua popularidade é mais antiga.
Jogadoras de futebol já não atuam em grama sintética, tipo de campo rejeitado pela maioria delas, desde 2017. Além disso, há reuniões periódicas entre o sindicato e a federação para que os procedimentos utilizados pela entidade sejam avaliados e, se necessário, atualizados.
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