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BRASILEIRO 2022
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Investigação independente revela 'abusos sistêmicos' no futebol feminino dos Estados Unidos

Relatório apresentado no início da semana mostra que são frequentes casos de abuso e assédios verbais e sexuais

Futebol|Do R7


Jogadoras do North Carolina Courage, time da jogadora brasileira Debinha
Jogadoras do North Carolina Courage, time da jogadora brasileira Debinha

Uma investigação sobre uma série de omissões e abusos dentro da Liga de Futebol Feminino dos Estados Unidos foi apresentada no início desta semana. O relatório aponta erros no combate e prevenção de abusos sexuais e verbais na WNSL (Women's National Soccer League) e na USSF (US Soccer Federation). Os casos foram identificados em times de base e também na elite do futebol feminino do país, o que tornou os abusos "sistêmicos".

"O abuso na NWSL está enraizado em uma cultura mais profunda no futebol feminino, começando nas ligas juvenis, que normaliza o treinamento verbalmente abusivo e borra as fronteiras entre treinadores e jogadores”, afirma trecho da investigação.

No ano passado, após a imprensa americana divulgar uma reportagem sobre os abusos cometidos pelo técnico Paul Riley, que comandava a equipe do North Carolina Courage, contra as atletas Sinead Farrelly e Meleana Shim, a USSF encomendou uma investigação sobre as alegações de má conduta nos times do país.

Segundo o escritório da ex-procuradora-geral dos EUA Sally Yates, responsável pelo pedido, Meleana foi assediada por Riley em 2015, quando os dois eram do Portland Thorns. A jogadora rebateu as tentativas de aproximação feitas pelo técnico, mas acabou perdendo espaço na equipe. Sinead também acusou o ex-treinador de coagi-la a iniciar uma relação.

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Na época, o Portland Thorns demitiu Riley, mas as causas pela saída do técnico foram omitidas e se tornaram um exemplo de como a liga e os dirigentes dos clubes falharam em responder apropriadamente quando confrontados com evidências de abuso.

"As equipes, a Liga e a Federação [...] falharam em instituir medidas básicas para prevenir e lidar com isso, mesmo quando alguns líderes reconheceram em particular a necessidade de proteções no local de trabalho. Como resultado, treinadores abusivos passaram de equipe para equipe, levados por comunicados de imprensa agradecendo-lhes por seu serviço", afirma a investigação. 

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O relatório feito por Sally Yates concluiu que os assédios sistêmicos que aconteceram na Liga de Futebol Feminino não eram apenas sexuais, como também morais. No Chicago Red Stars, o treinador da equipe, Rory Dames, foi acusado por falas degradantes de manipulação de poder com as jogadoras do time. 

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Na investigação, três times da NSWL foram acusados de não cooperar nos casos: o Portland Thorns, o Chicago Red Stars e o Racing Louisville. No fim do relatório, a NSWL e a USSF foram criticadas pela maneira como agiram perante os casos, já que não tomaram atitudes apropriadas, mesmo cientes das situações. 

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