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BRASILEIRO 2022

Goleiro Jackson Follmann recebe alta no hospital e sonha voltar para Chapecoense

Último sobrevivente a poder voltar para casa ergueu a taça da Sul-Americana no sábado (21)

Futebol|Do R7

Follmann deixa hospital em Chapecó
Follmann deixa hospital em Chapecó

Nesta terça-feira (24), o goleiro Jackson Follmann recebeu alta no hospital após quase 50 dias da tragédia que vitimou 71 pessoas no voo que levava a Chapecoense para disputar a primeira final da Copa Sul-Americana, em Medelín. O atleta foi o último dos sobreviventes a ser liberado para voltar para casa.

No sábado (21), o jogador, que precisou ter parte da perna direita amputada, fez sua primeira aparição pública no amistoso entre Chapecoense e Palmeiras na Arena Condá. Antes da partida, Follmann ergueu a taça Copa Sul-Americana, emocionando todos os presentes. Em coletiva no hospital, o garoto de 24 anos falou sobre sua alta.

“Enfim chegou o grande dia, mais uma etapa concluída. Estou dando alta no hospital, estou muito feliz. Saiu com o coração um pouco apertado, pois grandes amigos que vou levar para vida toda. Sei dos cuidados que tiveram comigo aqui e estou muito motivado. Saiu muito feliz, muito forte, praticamente curado de tudo. Agora vamos para São Paulo, protetizar e tocar minha vida”, afirmou.

Focado em sua nova trajetória de vida, o goleiro mostrou-se feliz em poder voltar para casa e espera reencontrar com todos seus familiares e comemorar com um churrasco.


“A primeira coisa que eu quero fazer é comer um churrasco. Brincadeiras à parte, eu quero primeiro é sair, respirar o ar lá fora, o carinho, senti um pouco isso no sábado e me fez muita falta. Quero estar com minha família, curtir um pouco com eles”, declarou.

Sobre o acidente, Follmann alegou que não imaginava a grandeza e o carinho que todos tiveram com os sobreviventes e com a história de superação das famílias tiveram vítimas fatais no acidente.


“Não sabia da grandeza de tudo se tornou, até por estar fechado em hospitais. Tu vê por notícias é uma coisa... Quero ir lá fora e sentir o carinho. A pessoa te abraçar e chorar. Sei que sou fonte de inspiração e fico feliz por isso”, pontou.

Nesta quarta-feira (25), o Brasil e Colômbia entram em campo pelo “Jogo da Amizade”, onde a renda da partida será revertida para as famílias das vítimas da tragédia. Com relação a partida, Follmann exaltou a inciativa.


"Representa muito Não queria que fosse dessa forma, perdi amigos, irmãos, mas será único. Vou aproveitar da melhor forma. Sentir o carinho, calor das pessoas. Isso vai ser muito bom para mim, me deixará feliz", declarou.

Follmann também não descartou a voltar para a Chapecoense e continuar trabalhando no clube e ajudando no crescimento da instituição.

"É minha vontade, sim. Foi quem me abriu as portas, é minha segunda casa. Quero coisas grandes no clube. Tenho que certeza que com minha força de vontade vou ser muito feliz. Vou buscar me aprimorar, conhecer. Agora, é o momento de aprendizado. Na Chape, estarei dentro do esporte. Quero crescer, ser grande junto com a Chapecoense sempre. Se Deus me permitir, levá-la nesse mundo afora", disse.

Único sobrevivente que precisou ter amputação após o acidente, Jackson Follmann afirmou que isto não o incomoda e que estar com saúde e vivo é a coisa mais importante para ele.

"Tenho muito orgulho de como meu corpo está hoje. Há 50 dias, estava muito mal. Não tem porque não mostrar meu coto. Tenho certeza que farei muitas coisas que faria antes. Quem sabe até jogar uma bolinha?”, brincou.

Antes de sair do hospital, o goleiro também agradeceu por todo tratamento e carinho que recebeu ao longo da sua recuperação. Ao término da coletiva, Follmann pediu para que todos os jornalistas aplaudissem a equipe médica.

O ortopedista do hospital de Chapecó, Dr. Marcos, exaltou a força de vontade do jogador para se recuperar e agradeceu todos os tratamentos, desde a Colômbia até a chegada do atleta no Oeste de Santa Catarina.

“É uma satisfação pessoal, principalmente de equipe. Como o Jackson falou, nós criamos um laço de amizade e familiar. A gente se envolve de corpo e alma com tudo. É uma satisfação muito grande. O sinônimo do sucesso do Jackson é uma conquista em equipe. Desde os socorros na Colômbia, em são Paulo e aqui em Chapecó. Estamos muito gratos a toda equipe que se envolveu. Parabéns a todas, isso não é sinônimo de uma luta sozinha e sim de uma equipe. Isso explica como funciona nossa região. Nesta região se trabalha com força e união e é assim que a gente consegue um resultado positivo”, concluiu.

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