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Futebol passou a ser financiado por cassinos que agem como máfia 

Nem fiscalização rigorosa nem leis implacáveis nem taxações vão impedir sites de apostas de ser campo para proliferação de golpes

Futebol|Marco Antonio Araujo, do R7

Cumprimento de mandado da Operação Penalidade Máxima
Cumprimento de mandado da Operação Penalidade Máxima Cumprimento de mandado da Operação Penalidade Máxima

Sites de apostas são legais no Brasil. Mas, coisa nossa, esse mercado milionário ainda aguarda regulamentação específica no país — que, espera-se, não virá, pois seria inútil. Tomaram conta do futebol como uma praga. São onipresentes. Impossível entrar num site, assistir a um jogo, observar os logotipos que infestam as camisas dos grandes times, ver uma novela ou navegar sossegadamente pela internet sem deparar com algum anúncio de uma das dezenas de empresas que se espalharam como capivaras selvagens pelo mundo da publicidade, virtual, impressa ou analógica.

Para surpresa de ninguém, esse negócio (como todos os que envolvem jogos de azar ou aleatórios) começa a emergir do submundo que todos, por conveniência ou letargia, fingiam não ver. Manipulação de resultados, nesse universo paralelo, é uma característica internacional, universal, incontornável. Nem fiscalização rigorosa nem leis implacáveis nem duras taxações impediriam esse campo aplainado para a proliferação de golpes e a constituição de organizações criminosas. Ou máfias, se preferir. É da sua natureza.

E, obviamente, há exceções, empresas sérias, que agem com honradez e sem ceder a esquemas enganosos ou maléficos. 

Graças ao Ministério Público de Goiás, responsável pela Operação Penalidade Máxima, veio à tona a ponta de um muito provável iceberg. Subornos, coações, cooptações, esquemas ilegais... Está tudo lá, onde sempre estará: nas jogatinas com maracutaias que envolvem valores capazes de mudar a vida de um cidadão qualquer.

As investigações estão em andamento, e seria irresponsável e leviano apontar nomes ou antecipar conclusões. Mas uma certeza, ah, sempre teremos: ou governo e Congresso correm atrás desses bandidos e acabam com essa bagaça ou, em breve, assistir a um jogo e acreditar que está tudo dentro das quatro linhas se tornará uma loteria.

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