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Na retomada do Campeonato Paulista, em meio à pandemia, o Corinthians é o mais ameaçado de não se classificar para a fase final. Corre até risco de rebaixamento. Uma vitória contra o Palmeiras, portanto, no clássico desta quarta (22), às 21h30, na Arena Corinthians, é ainda mais urgente. Em momentos como esse, a torcida se lembra de nomes que marcaram época no clube, que é o maior vencedor da competição. Veja os maiores craques que já passaram pelo Corinthians. O principal critério não são os títulos, mas a qualidade técnica e a carreira de cada um como um todo
Leia mais: Torcedores do Corinthians querem volta de jogos no PacaembuSebastião Moreira/EFE/05-05-10
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Gylmar dos Santos Neves - Como o maior goleiro do Brasil em todos os tempos não seria também o melhor goleiro do Corinthians em todos os tempos? Tecnicamente, era de um nível acima da média, com uma frieza e segurança que foram determinantes para a conquista do histórico IV Centenário, em 1954. E fora de campo, o bicampeão mundial pela seleção tinha um comportamento exemplar
Leia mais: Como o estilo Tiago Nunes pode beneficiar Jô no CorinthiansAgência Estado
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Zé Maria - Engana-se quem pensa que o valente Zé Maria, ídolo nos anos 70, se sobrepunha apenas pela sua inegável força física. Ele também tinha técnica, sabendo iniciar as jogadas e ir à linha de fundo no momento necessário. Na seleção, em 1978, fez uma jogada histórica que culminou com um gol de Nunes, em amistoso contra a Alemanha. E, pela Libertadores, em 1977, contra o Inter, no Morumbi, fez um golaço, após penetrar em velocidade, vindo desde a defesa. São exemplos de como não lhe faltava qualidade
Alfredo Rizzutti/Agência Estado/03-02-1980
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Amaral - Muitos poderiam optar por Gamarra, mas Amaral, presente no título paulista de 1979, tinha técnica e eficiência únicas. Sabia sair jogando com tranquilidade. E tinha uma colocação muito boa. Ficou famoso por, em uma única jogada, salvar duas vezes o Brasil, bloqueando, em cima da linha, um chute de Julio Cardeñosa e, no rebote, de Eugenio Leal, no empate por 0 a 0 contra a Espanha, na Copa do Mundo de 1978
Alfredo Rizzutti/Agência Estado/25-02-1980
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Domingos da Guia - Pai de Ademir da Guia, jogou no Corinthians entre 1944 e 1948. É considerado por muitos o mais clássico zagueiro brasileiro em todos os tempos, tendo disputado a Copa do Mundo de 1938 (época em que atuava pelo Flamengo). Sua jogada típica era a "Domingada", quando saía da defesa driblando os adversários
Divulgação Fifa
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Wladimir - O narrador Fiori Giglioti o apelidou de "Pequeno Gigante", por sua estatura de 1,69 m. Wladimir foi revelado no próprio Corinthians e era marcado pela regularidade. Mas uma regularidade em alto nível. Exímio marcador, sabia sair jogando e dar sustentação às avançadas dos meio-campistas. Foi campeão paulista em 1977, 1979, 1982 e 1983. É o jogador com mais partidas pelo clube: 805, seguido pelo meia Luizinho (606), outro "Pequeno Gigante"
Agência Estado
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Rincón - Nos três anos (1997 a 2000) em que ficou no Corinthians, Freddy Rincón mesclou vigor físico com técnica. Impunha-se na marcação, protegendo a entrada da área, mas saía jogando com inteligência e toques simples. Também apoiava o ataque, em uma época na qual o Corinthians ganhou importantes títulos: o Mundial de 2000; o Brasileiro de 1998 e 1999 e o Paulista de 1999
Mauricio Dueñas Castañeda/EFE/07-11-17
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Sócrates - Chegou ao Corinthians em 1978, como uma revelação do Botafogo (SP). Era tão genial que conseguiu mesclar a difícil faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto com o futebol. Tinha uma visão de jogo única e muita categoria com a bola nos pés, que o levaram a ser o capitão da famosa seleção brasileira de 1982
Claudine Petroli/Agência Estado/27-02-82
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Rivellino - Mesmo sem nunca ter conquistado um Estadual pelo clube, Rivellino marcou época com a camisa 10 do Corinthians. Comandava o time em campo, como na grande exibição que teve contra o Santos, em 1974, fazendo o gol da vitória corintiana no Pacaembu. Elevou-se à condição de estrela internacional ao ajudar a seleção brasileira a conquistar o tri. Saiu injustiçado do Corinthians, após a torcida criticá-lo por causa da derrota para o Palmeiras, na final do Paulista de 1974. Foi para o Fluminense, onde se consagrou como um dos maiores craques da história do clube carioca
Arquivo/Agência Estado/20-12-1974
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Neto - Craque intempestivo, Neto passou pelos quatro grandes de São Paulo, além do Guarani, clube onde iniciou. Mas foi no Corinthians que ele formou seu mais forte vínculo com um clube, sendo o destaque do time no título brasileiro de 1990. Cobrador de faltas exímio, ele superava a dificuldade em manter o peso ao se colocar bem e aproveitar os espaços vazios, geralmente arrancando em velocidade, já que tinha uma boa explosão muscular
Maurilo Clareto/Agência Estado/18-10-1992
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Garrincha - Ele jogou apenas 13 partidas pelo Corinthians, onde chegou em 1966. Foi convocado para a seleção que disputou a Copa de 1966 como jogador do clube. Mesmo tendo atuado pouco tempo, ele teve alguns lampejos que se eternizaram, como na grande atuação contra o São Paulo, no Pacaembu, quando fez um gol. A partir da sua contratação, feita dentro de um planejamento da diretoria para montar um grande time, o Corinthians passou a ser chamado de "Timão"
Veja também: Jogador de futebol vira feirante após ter contrato encerrado na pandemiaArquivo/Agência Estado/14-01-1966
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Ronaldo - A chegada de Ronaldo Fenômeno, no fim de 2008, marcou o início de uma nova fase do Corinthians. O clube havia voltado à Série A do Brasileiro e, a partir da chegada do craque, ampliou seu poderio financeiro. Era um momento no qual o Corinthians almejava se tornar um clube capaz de dividir o poderio com grandes potências europeias. Sagrou-se campeão mundial em 2012 mas, a partir de então, devido a gestões confusas, acabou se deparando com dificuldades financeiras
Sebastião Moreira/EFE/13-05-09
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Outros, entre tantos, que poderiam estar na lista também fizeram história no clube. São os casos dos goleiros Cabeção (1949 a 1966), Ronaldo (1988 a 1998) e Cássio (2012 até o momento); dos zagueiros Olavo (1952 a 1961), Homero (1951 a 1958), Goiano (1952 a 1959) e Marcelo Djian (1987 a 1993); do volante Ruço (1975 a 1978); dos meias Luizinho (1948 a 1962) e Marcelinho Carioca (1994 a 1997 e 1998 a 2001) e dos atacantes Teleco (1934 a 1944), Cláudio Christóvam de Pinho (1945 a 1957), Guerrero (2012 a 2015), Casagrande (1980 a 1986, com dois empréstimos, e 1994) e Baltazar (1945 a 1957), cada um deles colaborando com conquistas marcantes do clube
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