Após golear o Palestino em sua estreia na Sul-Americana, o Fortaleza teve pela frente uma difícil missão pela segunda rodada da fase de grupos nesta quinta-feira (20).
Encarando o San Lorenzo, no estádio Nuevo Gasómetro, o Leão da Pici não repetiu a boa atuação que teve em casa. Porém, na base da insistência, garantiu uma vitória improvável no fim por 2 a 0.
Com o resultado, o time comandado por Vojvoda chegou aos seis pontos, mantendo-se na liderança do Grupo H, enquanto a equipe de Insúa, por conta do revés, acabou estacionando na segunda posição com os seus três pontos.
Primando pela resistência
Habituado a imprimir seu ritmo de jogo e ser o dono das ações ofensivas, o Fortaleza se viu na condição de 'atacado' dado o clima de pressão e jogo altamente físico que era imposto pelos argentinos.
É bem verdade que o Ciclón teve suas dificuldades para abrir espaços na defesa do Leão do Pici, mas foi a equipe que rondou por maior perigo a defesa adversária enquanto, nos contra-ataques, o time de Juan Pablo Vojvoda pouco conseguia fazer, ficando toda a etapa inicial sem qualquer finalização seja na direção ou buscando o alvo defendido pelo goleiro Batalla.
Prejuízo crescente
Como se não bastasse a incapacidade de tomar as rédeas da partida, o Fortaleza ainda teve de lidar com o fato do artilheiro da equipe na temporada 2023, Lucero, se machucar após choque com Bareiro ainda aos 16 minutos. Sem condições de permanecer em campo, o centroavante argentino acabou sendo substituído por um, até então, pouco inspirado Silvio Romero.
Equilíbrio em campo
No retorno dos times para a etapa complementar, ambos os treinadores optaram por manter o esquema tático inicial. Sendo assim, até os 15 minutos, por conta do equilíbrio, a melhor chance foi por parte do San Lorenzo quando Bareiro, aproveitando bola lançada na área por Elías, acabou assustando o goleiro Fernando Miguel na finalização.
Por conta do placar parcial zerado, os técnicos, então, decidiram realizar algumas mudanças. Pelo lado do Fortaleza, Juan promoveu as entradas de Calebe e Hércules enquanto Rubén Insúa decidiu colocar Leguizamón no lugar de Bareiro. Vendo o tempo passar, os times seguiam na insistência em tirar o zero do placar, porém sem sucesso nas investidas até meados dos 30 minutos.
O momento de Silvio Romero
Com a partida caminhando para seus últimos momentos, a tensão tomava conta no Nuevo Gasómetro. Um pouco melhor em campo, o Ciclón aparecia com mais frequência em seu campo de ataque, buscando jogadas pelas laterais, além de alguns chutes que paravam nas mãos do camisa 16.
Apesar das tentativas dos donos da casa, o Tricolor do Pici, nas vezes em que chegava, também esbarrava nos erros.
Até que aos 44, Tinga, aproveitando cobrança de falta de Guilherme, se jogou na bola que bateu na trave antes de entrar. O tento animou os visitantes que continuaram em cima. Sendo assim, um minuto depois, Guilherme deixou o dele após bonita jogada individual, aumentando a diferença. E os brasileiros queriam mais.
Segundos depois, foi a vez de Romero marcar, mas, após o árbitro revisar o lance no VAR, anulou o tento, sendo esse o último lance antes do apito final.
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