Federação Italiana de Futebol mantém suspensão a Sulley Muntari por abandonar o campo ao ser alvo de racismo 

A FIGC (Federação Italiana de Futebol) tomou uma decisão no mínimo controversa nesta terça-feira (2), ao manter a suspensão de uma partida ao meio-campista Sulley Muntari. O ganês do Pescara deixou o campo contra o Cagliari no domingo (30) em protesto após sofrer insultos racistas por parte da torcida adversária. 

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Ao perceber que estava sendo alvo de xingamentos racistas, o jogador relatou o ocorrido para o árbitro. Só que diferente do que todo mundo imaginava, ele não só ignorou o fato como também puniu o atleta com um cartão amarelo por reclamação.

Foi a gota d'água para Muntari, que deixou o campo de jogo e dirigiu-se à torcida para cobrar satisfação, momento em que o árbitro, então, o puniu com o segundo cartão amarelo, e consequentemente o vermelho, por deixar o campo sem sua permissão.

A Federação justificou a punição:

— Muntari foi punido com dois cartões amarelos por protestar contra o árbitro e por comportamento não regulamentar ao abandonar o campo de jogo sem a permissão do diretor de competição.

A atitude do árbitro no domingo gerou revolta também na FIFPro, o sindicato internacional de jogadores profissionais, que cobrou que a FIGC "ouvisse a explicação de Muntari" antes de definir se a suspensão seria mantida, mas a entidade decidiu confirmá-la de qualquer forma.

A FIGC não só manteve a punição a Muntari, como também decidiu não aplicar qualquer sanção ao Cagliari pelo incidente com sua torcida.

— A discriminação racial foi entoada por um número aproximando de 10 torcedores, portanto, menos de 1% do número de ocupantes do setor do estádio (cerca de dois mil), então, não consiste na dimensão mínima e não foi percebida pelos oficiais em campo. Por isso, decidimos não impor qualquer punição ao Cagliari.

Veja o vídeo abaixo: