"É um momento muito desagradável para mim, muito desagradável. Me atacar de forma pessoal e me rotular assim me parece injusto e creio que não sou isso", declarou Moreno, que era técnico interino da seleção espanhola até Luis Enrique reassumir suas funções na semana passada.
Na quarta, o treinador disse que seu parceiro de trabalho foi "desleal" e demonstrou ter "ambição demais" ao afirmar ter interesse em seguir no lugar de Luis Enrique até a disputa da Eurocopa, em 2020.
Luis Enrique havia deixado o comando da seleção de forma temporária para cuidar da sua filha, de apenas nove anos, que sofria de câncer. Ela acabou falecendo em agosto. Neste período, Moreno exerceu a função de técnico interino. Mas, na semana passada, o treinador retomou seu cargo, fazendo com que Moreno voltasse à função de auxiliar.
E, nesta quarta, Luis Enrique disse que demitiu Moreno por não ter mais confiança em seu companheiro de trabalho. O auxiliar teria dito ao próprio técnico seu interesse de comandar o time na Euro. "Para mim, isso é deslealdade. Eu jamais faria isso. E não quero ninguém com estas características trabalhando ao meu lado. Para mim, ter ambição demais não é uma virtude, mas, sim, um defeito. Eu compreendo sua posição, mas não concordo com ela."
Nesta quinta, Moreno criticou as declarações do técnico. "Não sei por que ele não me quer em sua equipe e nunca saberei", disse o ex-auxiliar, em um pronunciamento em que não permitiu perguntas dos jornalistas. "Havia peças de outra parte, mas faltavam as minhas peças nesta história", justificou.