O Mundial de Clubes só teve um jogo disputado até agora, mas já tem muita gente cravando a final: Flamengo x Liverpool, reeditando o duelo entre eles de 1981. Campeões dos dois continentes com mais tradição no futebol, é até normal que as pessoas considerem que o time brasileiro e o inglês são os grandes favoritos a se classificarem para a grande decisão. Esse, porém, não é o plano de Carlos Eduardo, meia de 30 anos que defende o Al-Hilal, time que estreia na competição neste sábado e, caso vença o Espérance, da Tunísia, se classifica para enfrentar o Fla.
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O atleta jogou pouco no Brasil, tendo como destaque as passagens por Fluminense, Ituano e Grêmio Prudente. Desde então, já passou por Portugal, no Estoril e também no Porto, pela frança, onde atuou pelo Nice, e, desde 2015, defende o clube saudita.
E para quem acha que o Al-Hilal entra no Mundial apenas para "cumprir tabela", está muito enganado. Desde que chegou à Arábia, Carlos Eduardo já ajudou a equipe a conquistar sete troféus, sendo o mais importante deles a Champions League Asiática, que credenciou o time ao Mundial. Além disso, recentemente ele ultrapassou Thiago Neves, que atuou no clube em duas passagens, entre 2009 e 2011 e entre 2013 e 2015, em número de gols, se tornando o maior artilheiro estrangeiro do Al-Hilal, com 76 bolas na rede.
Além de Carlos Eduardo, o clube saudita conta com grandes estrelas do futebol mundial, como o italiano Sebastian Giovinco, o francês Bafétimbi Gomis e o colombiano Gustavo Cuéllar, que até pouco tempo atrás estava no Flamengo. Até por isso, o brasileiro confia em um bom resultado no Mundial de Clubes.
"Nós temos um time muito forte. O Al-Hilal é um clube bem estruturado, um dos maiores da Arábia Saudita e da Ásia. Vamos chegar fortes, com certeza, para tentar surpreender, ir o mais longe possível e, quem sabe, conquistar o título. Temos um time equilibrado e vamos brigar por cada jogo", disse ele, ao R7.
Apesar de deixar claro que ainda não pensa no Flamengo, já que o Al-Hilal fará o primeiro jogo contra o Espérance e apenas se ganhar é que se credencia para encarar o Rubro-Negro, o meia admite que seria especial um confronto contra o seu ex-rival dos tempos de Fluminense.
"Eu creio que só de enfrentar uma equipe brasileira já seria muito legal, algo diferente e especial pra mim. Estou na Arábia já vai para a quinta temporada, além do período na Europa, então faz tempo que não jogo contra um time brasileiro, seria bem diferente. Mas temos de pensar no primeiro jogo e em fazer a nossa parte. É o nosso jogo garantido, temos de fazer uma grande partida para passar e, aí, pensar em Flamengo ou qualquer outra equipe", declarou.
E Carlos Eduardo, com toda a sua experiência no futebol, apesar de estar disputando o seu primeiro Mundial, sabe que torneios como esse são capazes de oferecer surpresas e não considera que uma possível vitória do Al-Hilal ou de qualquer outra equipe sobre Flamengo ou Liverpool seria considerada uma "zebra".
"A gente não vê favorito em uma competição nesse nível. Claro que tem a diferença de investimento mesmo do clube europeu em questão, mas todos que estão lá são campeões e vão brigar por cada jogo com suas forças", completou ele.
O Al-Hilal estreia no Mundial neste sábado, em duelo com o Espérance, da Tunísia, às 11 horas (horário de Brasília). Caso consiga a vitória, a equipe saudita garante vaga na semifinal, onde terá pela frente o Flamengo, na próxima terça-feira.
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