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BRASILEIRO 2022
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Do banco, reserva perdeu gols de Pelé: 'Era rápido, mágico'

Santaninha foi reserva do Rei do Futebol em vários jogos e conta como a lenda fazia coisas mágicas em campo

Futebol|Do Live Futebol BR


Santaninha foi reserva de Pelé
Santaninha foi reserva de Pelé

Muitos foram os jogadores consagrados que atuaram ao lado de Pelé. Milhões são os fãs anônimos do rei do futebol. Entre um grupo e outro há aqueles que tiveram breve interação nos gramados com o atleta do século. Breve, mas marcante.

“Ele era mágico. Era muito rápido. Eu, do banco do Santos em um jogo em São Luís, contra o Maranhão Atlético Clube, não vi os dois gols relâmpagos que ele fez”, relembra Pedro Santana, o Santaninha, hoje com 81 anos.

O ex-atacante se refere a uma partida do Peixe em que foi reserva de Pelé, em 1959. “Eu era do juvenil e ele, aos 17 anos, já campeão do mundo com o Brasil na Suécia um ano antes. O empenho de Pelé era o mesmo em qualquer duelo, em qualquer campeonato”.

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“Para São Luís também foram outros jogadores que se tornariam conhecidos sob comando do técnico Lula no Santos, caso de Dorval e Mengálvio. Pagão ficou no banco comigo. Mourão jogou”, conta Santaninha.

“Eu fui para compor banco. Mas imagine: ser reserva do Pelé que, àquela altura, já era um atleta espetacular!”.

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Repertório variado

Santaninha se diverte ao lembrar do que viu – ou melhor, do que não viu. “De fato, do banco, eu não consegui acompanhar os dois gols de Pelé. Foram fulminantes. Lembro é da imagem dele já levantando os braços ao comemorar”.

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Placar do amistoso: 2 a 1 para o Santos – os dois de Pelé que Santaninha deixou escapar dos olhos, mas não da memória.

Sem dar continuidade à carreira de jogador, Santaninha se tornou, como se dizia na época, chofer de praça. Chegou a conduzir jogadores do Santos em carro próprio para jogos no interior paulista – inclusive em Bauru, cidade onde Pelé despontou para o mundo da bola.

Das dezenas de partidas de Pelé que Santaninha assistiu, uma teve placar de oito gols do Santos em cima do Botafogo (SP).

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“Eu tentava entender como ele marcava tantos e tão variados gols. Nesse dia dos oito do Santos no Botafogo, eu procurava prestar mais atenção. Bola no meio das pernas do adversário... Corria de um lado e pegava do outro para balançar as redes... De cabeça, na base do corpo a corpo... Era um repertório infinito, uma máquina”.

Desmentindo zagueiro

Certa vez, Santaninha foi visitar um irmão em Bragança Paulista. Lá, acabou parando num bar frequentado por boleiros da cidade.

“Apareceu um cidadão dizendo que Pelé, num Santos contra Comercial, de Ribeirão Preto, não havia feito nada porque ele, que contava a história, tinha sido o zagueiro na partida. Só que eu tinha visto o mesmo jogo e precisei desmentir: ‘Como Pelé não fez nada? 4 a 2 para o Santos com três gols de Pelé". "Foi um constrangimento, só que tive que reestabelecer a verdade”.

Para Santaninha, mesmo quem não gosta de Pelé precisa se render aos números que sustentam o reinado do brasileiro no cenário mundial do futebol. “Só pelos títulos nem se compara. Ele foi e segue sendo mesmo incomparável”.

Por João Pedro Feza, direto de Santos

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