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BRASILEIRO 2022

Dinheiro não traz felicidade: Fla e Palmeiras caem na Copa do Brasil

Dois times mais ricos do Brasil, que representam 24% do faturamento total da Série A, morreram abraçados em decisões dos pênaltis nesta quarta-feira (17)

Futebol|Eduardo Marini, do R7

Milionário Flamengo perdeu nos pênaltis para o Athletico Paranaense no Rio
Milionário Flamengo perdeu nos pênaltis para o Athletico Paranaense no Rio

O Itaú BBA, maior banco corporativo e de investimentos da América Latina, divulgou, na última terça-feira (16), seu estudo anual sobre o movimento financeiro dos 27 clubes de maior faturamento do País, com base em dados e balanços de 2018.

Destaque do trabalho: Palmeiras, o primeiro, com R$ 654 milhões de receita total, e Flamengo, o segundo, com R$ 536 milhões, faturaram 24% de toda a bufunfa destinada a todos os analisados somados.

Veja também: Copa do Brasil: Grêmio x Athletico-PR e Cruzeiro x Inter farão as semis

Esses R$ 1,19 bilhão colocados nos cofres do Verdão e do Urubu representam 24% da receita de todos os clubes somados.


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Em matemática mais simples, significa dizer o seguinte: praticamente um em cada quatro reais movimentados pelos 27 integrantes da elite da bola foi para os cofres da dupla Palmeiras/Flamengo em 2018.

Mas, como os estaduais, a Copa do Brasil, a Libertadores e o Brasileirão não são campeonatos e disputas de conta bancária, mas de bola, Flamengo e Palmeiras foram eliminados nos pênaltis na noite dessa quarta-feira (17), pouco mais de 24 horas após a divulgação do ranking do Itaú.


O Palmeiras, depois de perder por 1 a 0 para o Internacional, no Beira-Rio. E o Flamengo, bisonhamente, com três perdas de pênaltis, de Diego, Vitinho e Éverton Ribeiro, após empatar novamente com o Athletico Paranaense no tempo normal, no Maracanã lotado por cerca de 70 mil pessoas, pelo mesmo 1 a 1 da 0primeira partida, na quarta-feira (10), na Arena da Baixada, em Curitiba.

Dinheiro, é claro, ajuda a melhorar tudo na vida – inclusive a trajetória de clubes.


Com o custo do futebol nas alturas em todo mundo, a grana, quando recebida com regularidade e protegida com boa gestão, diminui consideravelmente as chances percentuais de ação da chamada Lei de Murphy, aquele adágio da cultura ocidental que diz que “tudo o que puder dar errado dará errado”.

Basta dar uma passada de olho nas listas dos maiores campeões da história recente do futebol no Brasil e no mundo. Na maioria dos casos, os mais frequentes, os que acumularam conquistas e bons posicionamento com maior regularidade, também foram os mais ricos.

Sempre aqueles mesmos que enchem uma mão, um pouco mais ou um pouco menos a depender do ano. E a tendência é esse percentual se afinar cada vez mais a favor dos endinheirados.

Só que o futebol também traz a beleza de ser, talvez, o esporte que produz os resultados mais surpreendentes entre todos. E ontem foi o dia da caça, dos primos que em maioria não podem ser chamados de pobres mas, ao menos por enquanto, de menos ricos.

Dentro de campo, dinheiro nem sempre traz felicidade ou fecha com a Lei de Murphy. Por isso o futebol é essa maravilha.

Campeonatos não são de conta bancária. Se fossem, bastaria dividir os títulos entre Palmeiras e Flamengo e estaria tudo resolvido. Mas, graças a tudo o que protege o futebol, esse esporte admirável, eles, os campeonatos, não são.

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