Corrupção na Fifa

Futebol Defesa de Del Nero nega acusações de Marin e não descarta ida aos EUA

Defesa de Del Nero nega acusações de Marin e não descarta ida aos EUA

Presidente da CBF não saiu do Brasil desde 2015, quando foi indiciado

  • Futebol | Dado Abreu, do R7

Com o nome de Marco Polo Del Nero envolvido no escândalo de corrupção da Fifa, a defesa do presidente da CBF negou nesta terça-feira (14) a participação de seu cliente em atos ilícitos e reafirmou que o dirigente não é réu no processo que corre na Justiça dos Estados Unidos. Em contato com o R7, José Roberto Batochio, advogado de Del Nero, explicou que as contas bancárias do dirigente foram investigadas e nada foi encontrado.

"Para os casos de crime financeiro, os Estados Unidos têm um mecanismo interessante chamado 'Follow the Money' ('Siga o Dinheiro', em português). Neste processo eles rastrearam o Marco Polo Del Nero uma vez, duas vezes, três, quatro, cinco vezes e não encontraram nenhum centavo relacionado a isso, nem via conta bancária, nem em espécie", afirmou Batochio.

No Tribunal do Brooklyn em Nova York, Del Nero foi apontado pelo advogado de defesa do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, preso nos EUA, de ser o responsável pelas decisões da entidade quando ocupava o cargo de vice-presidente, período que está sob suspeita. 

"Marin sempre estava com Del Nero. Mas, era Del Nero quem tomava as decisões. Marin estava fora, estava à margem. Ele era como o jovem do lado de fora do campo, colhendo margaridas e olhando ao redor enquanto outros estavam correndo a pleno vapor", disse o advogado Charles Stillman.

José Roberto Batochio, no entanto, negou o procedimento. O advogado lembrou que no período compreendido pela investigação Del Nero não comandava a CBF, e, portanto, não assinou nenhum contrato.

"Os documentos estão nos autos do processo para provar isso", afirmou. "Eu estive recentemente em Nova York, acompanhando o caso de perto, mas é preciso ressaltar que o Marco Polo Del Nero não é réu no caso".

Questionado se Del Nero poderia ir aos Estados Unidos prestar esclarecimentos, já que desde que foi indiciado, em 2015, o dirigente não deixou o Brasil para evitar uma eventual prisão, o advogado não rechaçou tal possibilidade.

"Se for o caso, e for solicitado, ele irá aos Estados Unidos responder ao que for necessário. Mas, acredito que a Justiça dos Estados Unidos nem fará esta solicitação, não é necessário". 

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