De garoto problema a herói: John Kennedy dá a volta por cima e coloca Flu na final da Libertadores
O atacante, de apenas 21 anos, saiu do banco de reservas e marcou o gol de empate diante do Internacional
Futebol|Do Live Futebol BR
Quando Jesús Valenzuela apitou o fim da partida no Beira-Rio, um filme passou pela cabeça de John Kennedy. Antes apontado como garoto-problema, o atacante, de 21 anos, saiu do banco de reservas para ser um dos responsáveis em colocar o Fluminense em uma final de Copa Libertadores depois de 15 anos.
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Destaque nas categorias de base do Tricolor, John Kennedy foi alçado ao profissional em 2020, quando tinha 18 anos. O atacante, porém, não estava preparado. Dentro de campo, correspondeu com boas atuações. Mas o problema estava fora das quatro linhas.
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A falta de disciplina quase encurtou a passagem de John Kennedy pelo Fluminense. No ano passado, já sob o comando de Fernando Diniz, o jogador foi afastado e colocado para treinar com a base em Xerém, por causa de atrasos aos treinamentos e da falta de comprometimento.
Tudo mudou no início do ano, quando ele foi emprestado para a Ferroviária-SP. Apesar de o clube de Araraquara (SP) ter sido rebaixado no Paulistão, John Kennedy terminou como um dos principais artilheiros do campeonato, com seis gols.
"Realmente, eu, que dei uns moles, uns vacilos, estava com a cabeça meio virada, mas agora regenerei. Novo homem", disse o atacante quando ainda estava na Ferroviária-SP.
As boas atuações fizeram John Kennedy receber uma nova oportunidade no Fluminense. Desde que retornou do empréstimo, o atacante disputou 30 partidas e marcou oito gols, além de ter contribuído com quatro assistências.
Na última quarta-feira (4), Fernando Diniz se rendeu à joia tricolor, que fez o gol de empate diante do Internacional ao mostrar frieza para tirar a bola de Rochet. A estrela de John Kennedy é tanta que ele participou "sem querer" do gol marcado por Germán Cano.
"Esse menino é um grande vencedor, está se tornando um homem cada vez mais íntegro. Espero que ele consiga cada vez mais ter os pés no chão, que esses pés fiquem no chão do tamanho do talento dele, que é enorme. Merece todos os elogios, todos os aplausos, porque não é fácil ter a vida que ele teve e se tornar aquilo que está se tornando. Não é como jogador, não. Como jogador é reflexo daquilo que ele vem se tornando como pessoa desde que o conheci ano passado aqui. Esse menino vale ouro, e vamos sempre torcer para que ele consiga dar continuidade nesse momento em que ele está se encontrando cada vez mais consigo mesmo, se tornando, além de um jogador decisivo, um homem de bem", disse o treinador.
Para coroar a "virada de chave" na carreira e na vida, John Kennedy espera ajudar o Fluminense a conquistar sua primeira Copa Libertadores da história.
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