Corinthians e Ferroviária lutam por título Brasileiro feminino de 2019
De um lado, o Timão tem a força de Millene, artilheira do campeonato, do outro Luciana é a segurança da Ferroviária, após fechar gol no primeiro jogo
Futebol|Carla Canteras, do R7

Corinthians e Ferroviária fazem neste domingo (29), às 14h, a grande decisão do Campeonato Brasileiro feminino de 2019, no Parque São Jorge. O jogo, em que os dois times podem ser bicampeões, é marcado pelo confronto da goleira Luciana, melhor em campo na primeira final, e da atacante Millene, artilheira do campeonato com 19 gols.
“A Millene é muito boa, goleadora. Mas no Corinthians tenho de me preocupar com todo mundo, todas fazem gols. Se não prestarmos atenção, a Érika marca, a Pardal, a Gabi...”, lamenta Luciana. O Corinthians fez 62 gols no Brasileiro, por isso a preocupação da jogadora da Ferroviária.
O jogo de ida, em Araraquara, terminou 1 a 1 graças a uma decisão controversa da goleira de 32 anos. Sob um calor de mais de 33º, ela passou mal e sua pressão arterial chegou a 18/10, sendo que o normal em qualquer pessoa é 12/8. Os médicos sugeriram que ela saísse de campo, mas ela não aceitou. Tomou um remédio, voltou a campo e fechou o gol da Ferroviária.

“Eu tomei a decisão certa, mesmo com os médicos me pedindo para sair. Eu não colocaria minha vida em risco, senti que estava bem”, diz Luciana.
O empate quebrou uma sequência de 34 vitórias consecutivas do Corinthians. A campanha do time da capital é irretocável: foram 20 jogos, 18 vitórias, uma derrota e um empate. Do lado corintiano, parar a sequência de vitórias não mudou muita coisa. “O recorde é de menos. O título é o nosso objetivo. Vamos entrar com respeito, elas também trabalham e vão lutar”, afirma Millene.
Já na Ferroviária o resultado do primeiro jogo deu confiança para as meninas. "Conseguimos deixar o jogo aberto. É difícil, mas temos de acreditar. Pode dar certo, se não, não estaríamos na final’, explica Luciana.
Força da torcida

Se não bastasse a campanha, o Corinthians vai contar com a Fazendinha lotada. Os dois lados sabem da importância do apoio da torcida. “Vamos ser 12 jogadoras. Para mim, torcida é uma a mais em campo. Vai ser uma festa bonita e eles vão ser uma motivação a mais para lutarmos e conquistarmos o título”, comemora a artilheira do Brasileirão.
“Vamos receber mais pressão ainda. Eles vão empurrar o Corinthians o tempo todo, torcida sempre dá um gás a mais. Mas é jogar contra elas e os corintianos. Vamos lutar’, prevê Luciana.
Quatro jogos seguidos
Os dois times acabaram de disputar a semifinal do Campeonato Paulista, o Corinthians foi para final e goleou nos dois jogos. Em Araraquara, dia 18, foi 4 a 0. Na última quarta, no Parque São Jorge, 5 a 1.

A maratona vai ser de quatro decisões em 12 dias. “É estranho enfrentar a mesma equipe quatro vezes seguidas. Mas vamos pensar um jogo por vez, um resultado não interfere no outro”, garante Luciana.
Mas não tem como negar que as vitórias corintianas foram significativas e dão força para elas terem ainda mais confiança.
Evolução do futebol feminino
Os dois finalistas do Brasileiro têm vaga garantida na Libertadores, que acontece de 11 a 27 de outubro, em Quito, no Equador. Além da vaga no torneio continental, outro fator é bom para os dois lados, independentemente do resultado desta tarde, o desenvolvimento do futebol feminino.
Em 2019, com a criação da segunda divisão do brasileiro e a presença dos clubes grandes nas competições, a modalidade recebeu mais visibilidade da torcida e apoio da CBF.
“Demorou tanto para acontecer tudo isso. Sei que ainda falta bastante caminho, mas cada ano vai ficar melhor. Os campeonatos vão ser mais competitivos e, aos poucos, todo mundo vai olhar para gente diferente. Eu fico bem feliz com tudo isso”, fala a goleira que tem 12 anos de futebol, com passagens pela seleção brasileira.
“Estamos desfrutando o que queríamos. Temos muito o que crescer, mas vamos com calma. As coisas vão ser naturais. As gerações futuras vão receber ainda mais”, sonha Millene, que tem 24 anos, mas fala como veterana.
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