Copa do Mundo Jornais do Catar apontam ‘decepção’ naquele que deveria ser ‘jogo mais fácil’ da Copa do Mundo

Jornais do Catar apontam ‘decepção’ naquele que deveria ser ‘jogo mais fácil’ da Copa do Mundo

Com 2 a 0 para o Equador, anfitriões foram os primeiros a perder partida inaugural nas 21 edições do Mundial até aqui

  • Copa do Mundo | André Avelar, do R7, em Doha, no Catar

Torcedores do Catar deixaram arquibancadas mesmo antes de a partida terminar

Torcedores do Catar deixaram arquibancadas mesmo antes de a partida terminar

AMR ABDALLAH DALSH/REUTERS - 20.11.2022

Os torcedores do Catar que deixaram o estádio Al Bayt pouco depois do segundo gol do Equador já davam o tom das manchetes desta segunda-feira (21). No dia seguinte ao jogo inaugural da Copa do Mundo, os jornais locais apontaram “decepção” naquele que, na visão de quem conhece a limitação da própria equipe, deveria ser o “jogo mais fácil” da primeira fase.

Além do Equador, o Catar ainda tem Senegal (no dia 25) e Holanda (29), pela primeira fase do Grupo A. Apenas os dois mais bem colocados avançam para as oitavas de final.

O equatoriano Enner Valencia não apenas frustrou a maioria dos 67 mil torcedores no estádio com os dois gols da partida como também impôs a primeira derrota de um anfitrião na estreia, em 21 edições de Copas do Mundo — foram 15 vitórias dos donos da casa e 7 empates (Japão e Coreia do Sul dividiram a sede em 2002).

Ainda que com o cuidado de não “carregar na tinta”, como se diz em jargão jornalístico quando se quer escrachar um assunto, os grandes jornais ficaram desapontados com a péssima estatística histórica.

“Os anfitriões não conseguiram registrar um único chute a gol em sua partida histórica”, lembrou o jornal The Peninsula. “Depois de se tornar o primeiro time da casa a perder a partida inaugural de Copa do Mundo, o Catar terá uma tarefa difícil para chegar à fase eliminatória contra os campeões africanos do Senegal e a Holanda, três vezes finalista de Copa.” 

O Gulf Times foi igualmente incisivo e não entendeu a derrota para uma equipe que é a 44ª colocada no ranking da Fifa, segundo eles “apenas seis posições acima do Catar”.

“Sempre seria uma tarefa difícil, mas a forma como eles [os jogadores] desmoronaram contra o Equador decepcionou a maioria dos 67.372 torcedores presentes no Al Bayt”, relatou o jornal, que também considerou os dois próximos jogos os mais complicados.

Destaque para discurso do emir

Além dos relatos da partida, os jornais locais, como o Doha News e o Qatar Tribune, dedicaram longo espaço ao discurso do emir Tamim Al Thani, que lidera o país desde 2013, quando sucedeu seu pai, Hamad Al Thani, que esteve à frente do país por 18 anos.

Da tribuna de honra, o líder do país celebrou a diversidade e tentou tirar o foco das denúncias de violação dos direitos humanos no país.

“Durante 28 dias, o mundo acompanhará essa festa do futebol internacional, em um espaço de diálogo e civilização. As pessoas, por mais diferentes que sejam, de nacionalidades, culturas e orientações variadas, vão se reunir no Catar”, disse.

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