Quanta diferença. Por que o Brasil virou contra a Inglaterra em 2002 e perdeu para a Alemanha em 2014?
Felipão sabia como reverter placar adverso de um jogo. Não tiinha peças no Mineirão
Copa do Mundo 2014|André Avelar, do R7, no Rio

A adversidade e a competição eram conhecidas. Manter a calma para reverter um placar na Copa do Mundo não era segredo para Luiz Felipe Scolari. O treinador apenas não conseguiu explicar aos seus só esforçados convocados como se fazia isso e o que se viu foi um verdadeiro baile, na última terça-feira (8), no Mineirão, em Belo Horizonte. Apesar de tantas semelhanças, o Brasil virou o jogo contra a Inglaterra em 2002, mas foi humilhado pela Alemanha 12 anos mais tarde.
Na Copa do Mundo da Coreia do Sul e do Japão, o Brasil teve uma verdadeira pedreira pela frente, nas quartas de final. Depois de uma falha do zagueiro Lúcio, o atacante Michael Owen abriu o placar aos 23 minutos do primeiro tempo. O time desse mesmo Felipão soube baixar os ânimos, jogar fechado nos minutos seguintes e confiar no seu poderio ofensivo.
Para não humilhar ainda mais os jogadores de hoje, basta lembrar que Rivaldo (Melhor do Mundo da Fifa em 1999) e Ronaldinho Gaúcho (que viria ser Melhor do Mundo Fifa em 2004 e 2005) tomaram conta e viraram a partida. E olha que a equipe ainda tinha Ronaldo (conquistou os mesmos prêmios em 1996, 1997 e 2002). Isso sem falar no reserva Kaká (papou o título em 2007). E o treinador ainda se deu ao luxo de não levar Romário (vencedor do troféu em 1994). Era muito craque à disposição.
Quando Felipão foi dar o mesmo chacoalhão do estádio de Shizuoka, não encontrou mais estes craques. Ainda que pudesse contar com dois deles, já que Ronaldinho Gaúcho e Kaká ainda estão em atividade, preferiu uma Família Scolari novinha em folha. Tão novinha que não tinha nenhum medalhão. Sem Neymar, potencial Melhor do Mundo da Fifa, as coisas ficaram ainda pior.
Como resultado, foi atropelado pela Alemanha em sete minutos. Não teve um jogador para colocar a bola embaixo do braço, bater no peito e definitivamente resolver a partida. Talvez não tenha mesmo em todo o futebol brasileiro.
Os craques do passado já penduraram as chuteiras. Oscar, Hulk, Fred, Jô e principalmente Bernard jamais chegaram aos pés das estrelas de anos antes. Azar de quem comanda a seleção. Pobre dos brasileiros.