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BRASILEIRO 2022
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Miranda não foi o único. R7 lembra outros injustiçados nas convocações da seleção

Desde 1930 público e crítica lamentam a ausência de craques como Arthur Friedenreich

Copa do Mundo 2014|Do R7

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Com a ausência do zagueiro Miranda, intransponível na linha defensiva do Atlético de Madrid, a lista de convocados da seleção brasileira segue a tradição de sempre deixar alguns atletas injustiçados de fora da Copa. Aqueles jogadores que estavam comendo a bola nos períodos pré-Mundial e mesmo assim não foram lembrados pelos treinadores
Em 2010, meses antes da Copa na África do Sul, um clamor popular pedia ao técnico Dunga que não se esquecesse de duas jovens promessas do Santos, o time sensação na ocasião: Neymar e Ganso. Até mesmo o craque Ronaldo entrou no coro e sugeriu a convocação
— O Pelé defendeu o Brasil com 17 anos [no Mundial de 1958]. Depois fui eu, também com 17 [na Copa de 1994]. A convocação de Neymar [de 18 anos] repetiria algo muito legal, principalmente porque ele está merecendo
Ronaldinho Gaúcho foi outro que assistiu a Copa pela televisão e deixou parte dos torcedores decepcionados. Dunga não arredava o pé de seus preferidos
Em 2006 foi Júlio Batista, que estava trocando o Sevilla pelo Real Madrid. O meia vinha sendo testado pelo técnico Carlos Alberto Parreira nos anos que antecederam o Mundial na Alemanha, jogando inclusive Copa América e Copa das Confederações, mas ficou fora da lista final do treinador
Djalminha jamais participou de um Mundial. Mas esteve perto disso. No entanto, sua ida em 2002 foi vetada por Felipão depois que o meia deu uma cabeçada no técnico do La Coruña, Javier Irureta, em um treino da equipe espanhola. Scolari já admitiu que o episódio pesou na conta do craque, que era presença certa na lista até então
O craque Alex foi sondado pelo Palmeiras, que espera pelo jogador para o centenário
Sem vencer nas últimas quatro rodadas, o Coritiba demitiu o técnico Marquinhos Santos  e precisa vencer o lanterna Náutico, fora de casa, para não entrar na briga contra o rebaixamento
Entre os excluídos por Zagallo em 1998 estava o pequenino Juninho Paulista. Titular desde 1995, era a peça principal no time do técnico Zagallo, que costumava dizer que o baixinho era o “número um” de seu esquema escalado no 4-3-1-2. Porém, mesmo depois de correr contra o tempo e se recuperar de uma grave lesão, o meia do Atlético de Madrid ficou fora daquele Mundial e teve de aguardar a oportunidade que apareceu quatro anos depois
Evair era o “Matador” do excepcional time do Palmeiras no início dos anos 90. O atacante ajudou o Palestra, depois de um jejum de quase 20 anos, a conquistar um título, o do Campeonato Paulista. Mesmo assim, ficou fora da conquista do Tetra, em 1994, nos Estados Unidos
— Essa foi uma das minhas mortes. Quem joga futebol e tem esperança de atuar pelo seu país morre três vezes: quando encerra a carreira, quando não é convocado para uma Copa e quando Deus te leva. Para mim, só falta esta última
Além do Palmeiras, outro time que encantava o País no início dos anos 90 era o São Paulo do mestre Telê Santana. Daquele grupo, Zetti, Cafu, Raí e Muller foram chamados e disputaram o Mundial de 1994. Palhinha, depois de jogar as eliminatórias, ficou de fora. Apareceu até mesmo no álbum de figurinhas, mas não no de Parreira
Ele deu ao Corinthians o primeiro título brasileiro da história do clube e era o considerado o melhor jogador do País na ocasião. Vivia o auge de sua carreira em 1990. Chegou a ser comparado com alguns gênios da canhota, como seu ídolo Rivelino e Diego Maradona. De nada adiantou. O técnico Sebastião Lazaroni não o levou para a Itália
O então ponta-direita Renato Gaúcho perdeu a Copa do Mundo de 1986 depois que chegou atrasado à concentração e desrespeitou o toque de recolher imposto pelo técnico Telê Santana. Pior: acordou atrasado para treinar no dia seguinte. Resultado: foi cortado do grupo às vésperas da viagem para o México e levou consigo o amigo Leandro, lateral-direito, que deixou a seleção em solidariedade ao companheiro dispensado
Tudo bem que o time de 82 jogava como música. Mas Reinaldo, o Rei do Atlético-MG, não podia ter ficado de fora da orquestra. Uma das grandes injustiças da história das Copas
Paulo Roberto Falcão era o tipo de volante que poderia tranquilamente vestir a 10. Era completo. Marcava e se apresentava ao ataque com a mesma eficiência. Um monstro dentro de campo! Ídolo do Inter, foi o grande nome do time bicampeão brasileiro em 1975/76. Tantos predicados não cativaram o técnico Cláudio Coutinho, que o deixou de fora da Copa de 1978, na Argentina
O jogador que mais entrou em campo em jogos entre Corinthians e Palmeiras foi Ademir da Guia, que defendeu o Verdão em 57 partidas frente ao rival
O primeiro grande ídolo brasileiro no Barcelona, porém, jogou lá quando nenhum de seus compatriotas de sucesso haviam nascido: Evaristo de Macedo. Entre 1957 e 1962, ele marcou 78 gols pela equipe, ganhando dois Campeonatos Espanhóis (1959 e 1960) e Copas da Uefa de 1958, 1959 e 1960. Curiosamente, saiu de lá para ir para o Real Madrid, onde também fez sucesso, faturando os Espanhóis de 1963, 1964 e 1965.
Você sabe quem é o maior artilheiro da história do Corinthians? Cláudio, o melhor ponta-direita que já vestiu a camisa do Timão, com 295 gols. Apelidado de “Gerente”, não guardou a tristeza de ter participado do Maracanazo, de 50. Mais um injustiçado nas listas de convocados da seleção para uma Copa do Mundo
Porém, a ausência mais sentida por torcedores e imprensa em 1950 foi a do controverso Heleno de Freitas, artilheiro do Botafogo nos anos 40. Craque, galã e com nível intelectual superior, comandou o Expresso da Vitória do Vasco no Campeonato Carioca de 1949. Flávio Costa, o técnico responsável pela injustiça de sua não convocação, acabou amaldiçoado com a derrota para o Uruguai e pagou o preço
Arthur Friedenreich (esq.) ganhou o apelido de “El Tigre” após conquistar o Campeonato Sul-Americano de 1919, o primeiro título relevante da seleção. Ele foi o primeiro grande ídolo do futebol nacional. Mas não disputou a Copa do Mundo de 30 por conta de uma briga política entre cartolas paulistas e cariocas que deixou fora do Mundial jogadores de São Paulo

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Com a ausência do zagueiro Miranda, intransponível na linha defensiva do Atlético de Madrid, a lista de convocados da seleção brasileira segue a tradição de sempre deixar alguns atletas injustiçados de fora da Copa. Aqueles jogadores que estavam comendo a bola nos períodos pré-Mundial e mesmo assim não foram lembrados pelos treinadores
Em 2010, meses antes da Copa na África do Sul, um clamor popular pedia ao técnico Dunga que não se esquecesse de duas jovens promessas do Santos, o time sensação na ocasião: Neymar e Ganso. Até mesmo o craque Ronaldo entrou no coro e sugeriu a convocação
— O Pelé defendeu o Brasil com 17 anos [no Mundial de 1958]. Depois fui eu, também com 17 [na Copa de 1994]. A convocação de Neymar [de 18 anos] repetiria algo muito legal, principalmente porque ele está merecendo
Ronaldinho Gaúcho foi outro que assistiu a Copa pela televisão e deixou parte dos torcedores decepcionados. Dunga não arredava o pé de seus preferidos
Em 2006 foi Júlio Batista, que estava trocando o Sevilla pelo Real Madrid. O meia vinha sendo testado pelo técnico Carlos Alberto Parreira nos anos que antecederam o Mundial na Alemanha, jogando inclusive Copa América e Copa das Confederações, mas ficou fora da lista final do treinador
Djalminha jamais participou de um Mundial. Mas esteve perto disso. No entanto, sua ida em 2002 foi vetada por Felipão depois que o meia deu uma cabeçada no técnico do La Coruña, Javier Irureta, em um treino da equipe espanhola. Scolari já admitiu que o episódio pesou na conta do craque, que era presença certa na lista até então
O craque Alex foi sondado pelo Palmeiras, que espera pelo jogador para o centenário
Sem vencer nas últimas quatro rodadas, o Coritiba demitiu o técnico Marquinhos Santos  e precisa vencer o lanterna Náutico, fora de casa, para não entrar na briga contra o rebaixamento
Entre os excluídos por Zagallo em 1998 estava o pequenino Juninho Paulista. Titular desde 1995, era a peça principal no time do técnico Zagallo, que costumava dizer que o baixinho era o “número um” de seu esquema escalado no 4-3-1-2. Porém, mesmo depois de correr contra o tempo e se recuperar de uma grave lesão, o meia do Atlético de Madrid ficou fora daquele Mundial e teve de aguardar a oportunidade que apareceu quatro anos depois
Evair era o “Matador” do excepcional time do Palmeiras no início dos anos 90. O atacante ajudou o Palestra, depois de um jejum de quase 20 anos, a conquistar um título, o do Campeonato Paulista. Mesmo assim, ficou fora da conquista do Tetra, em 1994, nos Estados Unidos
— Essa foi uma das minhas mortes. Quem joga futebol e tem esperança de atuar pelo seu país morre três vezes: quando encerra a carreira, quando não é convocado para uma Copa e quando Deus te leva. Para mim, só falta esta última
Além do Palmeiras, outro time que encantava o País no início dos anos 90 era o São Paulo do mestre Telê Santana. Daquele grupo, Zetti, Cafu, Raí e Muller foram chamados e disputaram o Mundial de 1994. Palhinha, depois de jogar as eliminatórias, ficou de fora. Apareceu até mesmo no álbum de figurinhas, mas não no de Parreira
Ele deu ao Corinthians o primeiro título brasileiro da história do clube e era o considerado o melhor jogador do País na ocasião. Vivia o auge de sua carreira em 1990. Chegou a ser comparado com alguns gênios da canhota, como seu ídolo Rivelino e Diego Maradona. De nada adiantou. O técnico Sebastião Lazaroni não o levou para a Itália
O então ponta-direita Renato Gaúcho perdeu a Copa do Mundo de 1986 depois que chegou atrasado à concentração e desrespeitou o toque de recolher imposto pelo técnico Telê Santana. Pior: acordou atrasado para treinar no dia seguinte. Resultado: foi cortado do grupo às vésperas da viagem para o México e levou consigo o amigo Leandro, lateral-direito, que deixou a seleção em solidariedade ao companheiro dispensado
Tudo bem que o time de 82 jogava como música. Mas Reinaldo, o Rei do Atlético-MG, não podia ter ficado de fora da orquestra. Uma das grandes injustiças da história das Copas
Paulo Roberto Falcão era o tipo de volante que poderia tranquilamente vestir a 10. Era completo. Marcava e se apresentava ao ataque com a mesma eficiência. Um monstro dentro de campo! Ídolo do Inter, foi o grande nome do time bicampeão brasileiro em 1975/76. Tantos predicados não cativaram o técnico Cláudio Coutinho, que o deixou de fora da Copa de 1978, na Argentina
O jogador que mais entrou em campo em jogos entre Corinthians e Palmeiras foi Ademir da Guia, que defendeu o Verdão em 57 partidas frente ao rival
O primeiro grande ídolo brasileiro no Barcelona, porém, jogou lá quando nenhum de seus compatriotas de sucesso haviam nascido: Evaristo de Macedo. Entre 1957 e 1962, ele marcou 78 gols pela equipe, ganhando dois Campeonatos Espanhóis (1959 e 1960) e Copas da Uefa de 1958, 1959 e 1960. Curiosamente, saiu de lá para ir para o Real Madrid, onde também fez sucesso, faturando os Espanhóis de 1963, 1964 e 1965.
Você sabe quem é o maior artilheiro da história do Corinthians? Cláudio, o melhor ponta-direita que já vestiu a camisa do Timão, com 295 gols. Apelidado de “Gerente”, não guardou a tristeza de ter participado do Maracanazo, de 50. Mais um injustiçado nas listas de convocados da seleção para uma Copa do Mundo
Porém, a ausência mais sentida por torcedores e imprensa em 1950 foi a do controverso Heleno de Freitas, artilheiro do Botafogo nos anos 40. Craque, galã e com nível intelectual superior, comandou o Expresso da Vitória do Vasco no Campeonato Carioca de 1949. Flávio Costa, o técnico responsável pela injustiça de sua não convocação, acabou amaldiçoado com a derrota para o Uruguai e pagou o preço
Arthur Friedenreich (esq.) ganhou o apelido de “El Tigre” após conquistar o Campeonato Sul-Americano de 1919, o primeiro título relevante da seleção. Ele foi o primeiro grande ídolo do futebol nacional. Mas não disputou a Copa do Mundo de 30 por conta de uma briga política entre cartolas paulistas e cariocas que deixou fora do Mundial jogadores de São Paulo

Com a ausência do zagueiro Miranda, intransponível na linha defensiva do Atlético de Madrid, a lista de convocados da seleção brasileira segue a tradição de sempre deixar alguns atletas injustiçados de fora da Copa. Aqueles jogadores que estavam comend...

Com a ausência do zagueiro Miranda, intransponível na linha defensiva do Atlético de Madrid, a lista de convocados da seleção brasileira segue a tradição de sempre deixar alguns atletas injustiçados de fora da Copa. Aqueles jogadores que estavam comendo a bola nos períodos pré-Mundial e mesmo assim não foram lembrados pelos treinadores

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