Antes perto de recorde, Casillas protagoniza derrota histórica da Espanha
Goleiro sofreu cinco gols e busca recuperação imediata para não ficar marcado em Copas
Copa do Mundo 2014|Do R7

Copa do Mundo costuma ser uma fábrica de ídolos, mas também de “vilões”. O goleiro da Espanha, Iker Casillas, que o diga. Mesmo depois de passar parte da temporada na reserva do Real Madrid, ele teve um fim de semestre de gala pelo seu clube. Sagrou-se campeão da Champions e buscava novamente mostrar eficiência na seleção, onde nunca perdeu prestígio.
Pelo contrário. Como capitão da “Fúria”, ele se sagrou campeão mundial em 2010, entre dois títulos europeus, atingindo o ápice da carreira. E, desde a partida contra o Chile, naquela Copa, estava há 433 minutos sem sofrer gols em mundiais.
Não foi vazado em toda a fase final da Copa de 2010. Foram quatro vitórias por 1 a 0 (Portugal, Paraguai, Alemanha e Holanda). Estava a 84 de quebrar a marca de Walter Zenga, da Itália, em 1990.
Holanda se vinga de 2010 e dá um baile na Espanha
Até que, nesta sexta-feira (13), contra a Holanda, mesma seleção que ajudou a derrotar na final da Copa anterior, o sonho virou pesadelo. Tudo aconteceu a partir dos 43 minutos do primeiro tempo, quando Van Persie o surpreendeu com uma cabeçada fantástica, por cobertura.
Então a meta do espanhol desmoronou, inclusive com duas falhas em saídas de gol, que originaram dois gols na goleada holandesa por 5 x 1. O semblante angustiado de Casillas, a cada gol sofrido, foi de dar pena, principalmente aos admiradores do goleiro.
Naquele momento, pouco importava sua boa performance no clube, onde é ídolo. O sucesso, ou o fracasso, na seleção é em geral bem mais retumbante. Resta agora ao goleiro buscar a imediata recuperação. Porque, se o futebol é traiçoeiro, a Copa do Mundo é muito mais.
Derrota em Salvador
Mas não foi apenas Casillas que sucumbiu a números adversos. Contra a Holanda, nesta sexta (13), em Salvador, a própria seleção da Espanha amargou seu segundo pior resultado na história das Copas. Antes, só havia levado de 6 x 1 do Brasil, em 1950, na partida em que a torcida no Maracanã cantou efusivamente a marchinha “Touradas de Madrid.”
No balanço geral, a “Fúria” levou três gols ou mais em apenas cinco oportunidades em Copas do Mundo: nesta derrota contra a Holanda (1x5) e nas derrotas para a Nigéria, em 1998 (2x3); França, em 2006 (1x3); Brasil (1x6) e Suécia (1x3), em 1950.