Com viagens curtas, final do Paulista é mais fácil que início do Brasileiro
Torneio estadual requer logística menor em relação ao torneio nacional, que depende de viagens dos clubes pela malha aérea durante novo coronavírus
Futebol|André Avelar, do R7
Ainda que não tenha uma data definida, a FPF (Federação Paulista de Futebol) aposta na decisão em campo do Paulistão 2020. Mais do que isso, existe dentro da entidade a percepção de que o término da competição seja mais fácil do que o início do próprio Brasileirão pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Viagens mais curtas e menos logística dispensada são favoráveis no cenário de pandemia pelo novo coronavírus.
Na última segunda-feira, a FPF e os clubes da Série A1 do Paulistão se reuniram em videoconferência para ratificar que vão esperar o aval das autoridades de Saúde do Estado e do município antes da volta aos treinos. Apesar do Palmeiras, por exemplo, divulgar um trabalho de preparação física, os atletas do elenco alviverde estão em casa e não compartilham os equipamentos da Academia de Futebol.
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O Paulistão foi paralisado a duas rodadas do fim da fase de grupos. Pelo regulamento original, os confrontos de ida das quartas e das semis, além das finais em ida e volta ainda precisam ser disputados. A federação estadual não quer repetir o que aconteceu com o basquete e vôlei, que terminaram suas competições sem a definição de um campeão. A tabela de classificação da primeira fase foi baseada para critério de classificação continental.
A 11ª rodada do Paulistão reserva o clássico Corinthians x Palmeiras — que hoje, se realizado, seria sem torcida — e com jogos de deslocamentos de menos de 230 km. Essa viagem, por exemplo, do Guarani, de Campinas, para Ribeirão Preto, para enfrentar o Botafogo, seria feita por ônibus do clube. Por outro lado, a primeira rodada do Brasileirão, exigiria da malha aérea para Goiás x São Paulo (900 km de uma sede para outra), Grêmio x Fluminense (1.500 km) e Fortaleza x Athletico Paranaense (3.500 km), além de outros confrontos de menor distância.
No Rio Grande do Sul, o Internacional e depois o Grêmio foram os primeiros grandes clubes do Brasil a voltarem aos trabalhos em seus centros de treinamento. Os jogadores fizeram exame de saúde, tiveram a temperatura aferida e correram ao redor do campo em pequenos grupos. Além disso, uma preocupação extra com a higienização foi observada. O segundo turno do Gauchão foi interrompido na quarta rodada, justamente a que reserva o clássico entre Inter e Grêmio.
Em 16 de março, a CBF decidiu suspender por tempo indeterminado as competições nacionais. No mesmo comunicado, a entidade reafirmou que as federações estaduais darão a devida deliberação para suas competições. O Brasileirão estava previsto para começar no último sábado (2).
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