Com falhas na defesa, Brasil perde para Marrocos no primeiro compromisso pós-Copa
Ramon Menezes mexe mal no time, Militão e Royal tem falhas decisivas e torcida marroquina canta 'olé' para comemorar vitória em amistoso
Futebol|Gabriel Herbelha, do R7
No primeiro compromisso após a Copa do Mundo, Brasil não joga bem e perde para o Marrocos por 2 a 1, em amistoso disputado no país africano, neste sábado (25).
Os gols da partida foram marcados por Sofiane Boufal e Abdelhamid Sabiri, para os donos da casa, e Casemiro, para a canarinho.
Os mais de 60 mil marroquinos lotaram o Grand Stade de Tanger, fizeram grande festa e ainda gritaram "olé" no final do segundo tempo, celebrando mais uma grande atuação da seleção do país.
A Seleção Brasileira volta a campo na próxima data FIFA, entre os dias 12 a 20 de junho.
Primeiro tempo
O Brasil iniciou o jogo com apenas quatro titulares que estavam entre os titulares na eliminação para a Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo (Éder Militão, Casemiro, Paquetá e Vinícius Júnior).
Do outro lado, a seleção marroquina manteve a base da histórica campanha no último mundial, e esteve com nove jogadores que iniciaram o jogo na semifinal contra a França.
Nos 45 minutos iniciais, a canarinho teve dificuldade para furar a linha de cinco defensores proposta por Walid Regragui. As melhores chances partiram de jogadas criadas pelas alas, com Vini Jr e Rony. O atacante palmeirense, inclusive, teve duas grandes chances de abrir o marcador.
Aos 25 minutos de jogo, Vinicius até chegou a abrir o placar, após lambança do goleiro Bounou, que saiu mal e deixou a bola nos pés do atacante, que chutou para o gol vazio. Mas após revisão do VAR, o árbitro anulou o gol.
Quatro minutos depois, em saída errada da defesa brasileira, Emerson Royal se atrapalhou, errou dois passes na sequência, e com a zaga aberta, Marrocos fez o contra-ataque rápido, tocou em velocidade, e Sofiane Boufal, de costas para o gol, fez a parede sobre o marcador, e chutou rasteiro e cruzado, para abrir o marcador. Festa em Tânger.
Os 15 minutos finais foram marcados por discussões em campo e por duas faltas duras feitas por jogadores marroquinos. El Khanouss e Amrabat levaram cartões amarelos.
Segundo tempo
No segundo tempo de jogo, o jogo ficou mais aberto, com lances de perigo para os dois lados.
Aos 22 minutos, o Brasil roubou a bola no campo adversário, e Paquetá passou a bola para Casemiro, que deu um chute fraco, rasteiro, e aparentemente inofensivo.
No entanto, o goleiro Bounou "aceitou" a finalização, se atrapalhou e deixou a bola passar. Empate brasileiro.
As entradas de Antony, Vitor Roque e Raphael Veiga, minutos antes do gol, não tiveram o efeito esperado, e o Brasil, que já não demonstrava grande entrosamento, piorou o rendimento.
O meio-campo não conseguia fazer ligações para o ataque, tanto que as melhores chances partiram de chutes de média e longa distância.
Aos 39 minutos da segunda etapa, em mais uma saída errada brasileira, Antony não conseguiu fazer o desarme, o lateral marroquino Yahia Attiyat correu pela linha de fundo e cruzou para Cheddira, que um pouco atrapalhado, conseguiu ajeitar para Sabiri, sem nenhuma marcação, fuzilou a bola para o fundo das redes, e recolocar Marrocos na frente do placar.
Ao longo dos 90 minutos, o Brasil teve mais posse de bola (54%), mais chutes no gol (4), mas viu Marrocos ser até mais ousada do que foi na Copa, propor mais o jogo, ser mais efetiva e entrosada para garantir o primeiro triunfo da história sobre os brasileiros.
Sem treinador definido após a saída de Tite, a CBF agora se vê mais pressionada a definir o comandante para o próximo ciclo, após o fraco desempenho mostrado em Tânger.
Ficha técnica
Marrocos x Brasil
Local: Grand Stade de Tanger, Marrocos
Data e hora: Sábado (25), às 19h (horário de Brasília)
Árbitro: Selmi Sadok (Tunísia)
Assistentes: Hassani Khalil (Tunísia) e Bakir Mohamed (Tunísia)
VAR: não informado
Gols: Boufal e Abdelhamid Sabiri (MAR); Casemiro (BRA)
Marrocos: Bounou; Hakimi (Yahia Attiyat), Aguerd, Saïss, Mazraoui; Ounahi (Sabiri), Amrabat, El Khannous (Louza); Ziyech, En-Nesyri (Cheddira), Boufal (Ezzalzouli).
Técnico: Walid Regragui
Brasil: Weverton; Alex Telles, Ibañez, Éder Militão, Emerson Royal (Arthur); Lucas Paquetá (Yuri Alberto), Casemiro, Andrey Santos (Raphael Veiga); Vinicius Júnior, Rodrygo (Vitor Roque), Rony (Antony).
Técnico: Ramon Menezes
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