Vândalos usaram camisas da seleção e bandeiras do Brasil durante atos antidemocráticos
Sergio Lima / AFPA CBF (Confederação Brasileira de Futebol), nesta segunda-feira (9), repudiou o uso da camisa da seleção brasileira no que chamou de "atos antidemocráticos e de vandalismo" promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na praça dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8). Pelas redes sociais, a organização afirmou que a amarelinha deve ser usada para "unir e não para separar os brasileiros".
"A camisa da seleção brasileira é um símbolo da alegria do nosso povo. A CBF é uma entidade apartidária e democrática", escreveu a federação.
Os atos no domingo tomaram proporções sem precedentes no Brasil. O grupo, que pede de forma inconstitucional um golpe militar contra a democracia brasileira, invadiu o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, quebrou vidraças e danificou obras de arte e mobílias dos prédios.
Por volta de 1.200 vândalos foram presos pelas autoridades policiais, e o governo federal afirmou que pretende culpabilizar os responsáveis por toda a destruição do patrimônio público, além de identificar os financiadores das operações antidemocráticas.
O governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado do cargo por 90 dias pelo ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal. O presidente Lula declarou intervenção federal no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.
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