Treinador do Água Santa diz que ficha ainda não caiu e valoriza vaga na final: 'Fizemos história'
Thiago Carpini elogiou o Palmeiras, adversário da final, mas revela preocupação com o calendário, que pode tirar jogadores da decisão
Campeonato Paulista|Gabriel Herbelha, do R7
Ainda em “estado de choque”, o treinador do Água Santa, Thiago Carpini, comemorou a classificação do clube para a final do campeonato paulista.
Em entrevista coletiva após a vitória nos pênaltis contra o Bragantino, o comandante falou sobre o feito da equipe:
“Fizemos história, daqui a pouco vai cair a ficha do feito desses atletas. A minha parcela é mínima. Eu tenho que deixar as coisas acontecerem de forma natural, temos que ser muito realistas, se tratando de Água Santa, talvez não aconteça nos próximos 10 anos. Isso torna o feito ainda maior. Muito orgulho. Os jogadores compraram essa ideia. Estou muito feliz por eles, eles merecem muito”, afirmou.
Ainda sem a definição do mando do primeiro jogo da final, em que os Aquáticos serão os mandantes, contra o Palmeiras, Carpini declarou que prefere voltar a jogar na Vila Belmiro, em Santos, caso não possa mandar o jogo no Estádio Distrital do Inamar.
“Se pudesse jogar na nossa casa, seria perfeito. Como não é possível, eu quero a Vila. Eu gosto dessa atmosfera. A mística desse estádio personaliza o bom jogo de futebol. Eu gosto. Depois dessa última impressão, eu quero jogar aqui. Eu gosto”, comentou o treinador.
A casa do Santos recebeu um ótimo público nesta segunda-feira (21), com mais de 11 mil torcedores presentes.
No entanto, nem tudo são flores para Carpini na sequência do campeonato.
O zagueiro titular, Rodrigo Sam, é desfalque certo no jogo da ida, já que foi expulso no início do segundo tempo.
Além dele, outros jogadores poderiam desfalcar a equipe de Diadema na grande decisão, já que os clubes da série A e B do campeonato brasileiro têm até o dia 4 de abril para inscrever novos jogadores.
Segundo o treinador, 80% dos atletas já têm acordos encaminhados com outros clubes, e ele admitiu a preocupação com a situação.
Além dos elogios ao Palmeiras, classificado por ele como “time a ser batido no Brasil”, Thiago Carpini elegeu o calendário como o grande vilão nesta reta final de estadual:
"Não posso pensar só em mim, tenho que pensar na sequência do ano deles. Eles têm que seguir a carreira e a história deles. Isso pode prejudicar a final do Paulistão. Ainda estou entusiasmado e feliz, mas preocupado. Quero achar uma solução. É um ponto a se pensar. Espero que a gente possa pelo menos competir.”
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