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BRASILEIRO 2022

Campeãs do mundo anunciam boicote à convocação da seleção espanhola

Jogadoras deixaram claro que não retornarão à equipe na chamada de Montse Tomé, que deve acontecer nesta sexta-feira

Futebol|Do R7, com EFE

Jogadoras da Espanha boicotam convocação em apoio à Hermoso
Jogadoras da Espanha boicotam convocação em apoio à Hermoso

As campeãs da Copa do Mundo feminina informaram à RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol) que não vão participar da próxima convocação da seleção nacional, pois acreditam que as mudanças feitas pelo órgão não são suficientes.

Em um ofício enviado à RFEF, elas recusaram a possível chamada de Montse Tomé, que substituiu Jorge Vilda.

"As jogadoras da seleção, recentes campeãs mundiais, desejam manifestar, como fizeram no dia 25 de agosto de 2023, seu enorme descontentamento após os acontecimentos ocorridos na cerimônia de entrega de medalhas no Mundial Feminino e na subsequente assembleia extraordinária da Real Federação Espanhola de Futebol. Os eventos a que infelizmente todos puderam assistir não são algo específico e vão além do esporte", escreveram. 

E complementaram: "Devemos ter tolerância zero com esses atos, pela nossa companheira, por nós mesmas e por todas as mulheres. Acreditamos que é hora de lutar para mostrar que essas situações e práticas não têm lugar no nosso futebol e nem na nossa sociedade, que a estrutura atual precisa de mudanças e fazemos isso para que as próximas gerações possam ter um futebol muito mais igualitário, a altura do que todos nós merecemos".


Apenas Athenea del Castillo e Claudia Zornoza (que anunciou a aposentadoria) não assinaram o comunicado.

Montse vai anunciar nesta sexta-feira a lista de convocadas para as partidas da Liga das Nações contra a Suécia, no dia 22, e a Suíça, no dia 26. Os jogos garantem à Espanha a classificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.


Durante toda a semana, a RFEF entrou em contato com as jogadoras, já que as 23 atletas que venceram a Copa do Mundo no dia 20 de agosto, em Sydney, na Austrália, anunciaram que não aceitariam a convocação para a seleção nacional enquanto Luis Rubiales continuasse como presidente da RFEF.

A decisão, tomada em agosto, foi publicada por carta, quando Rubiales anunciou sua intenção de permanecer no cargo, e foi assinada pelas 23 campeãs mundiais: Jennifer Hermoso, Alèxia Putellas, Misa Rodríguez, Irene Paredes, Ona Batlle, Mariona Caldentey, Teresa Abelleira, María Pérez, Cata Coll, Aitana Bonmati, Laia Codina, Claudia Zornoza, Oihane Hernández, Rocío Gálvez, Irene Guerrero, Alba Redondo, Athenea del Castillo, Eva Navarro, Enith Salón, Ivana Andrés, Olga Carmona, Esther González e Salma Paralluelo.


Outras 18 atletas também assinaram a carta enviada à federação.

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Onze membros da equipe técnica da seleção nacional, não incluindo Jorge Vilda, mas sim Montse Tomé, sua auxiliar na época, colocaram seus cargos à disposição da RFEF em apoio a Jenni Hermoso e às demais jogadoras.

A subsequente suspensão temporária de Rubiales como presidente da federação pela Fifa, enquanto ela processa o caso contra ele por seu comportamento durante a final da Copa do Mundo e o beijo sem consentimento em Jenni Hermoso na cerimônia de premiação, fez com que Pedro Rocha assumisse a presidência da RFEF interinamente.

Uma de suas primeiras decisões foi a demissão de Jorge Vilda no dia 5 e a nomeação de Montse Tomé. Desde então, a RFEF está em contato com as atletas, que, apesar dessa mudança, esperam mais ações do órgão em relação ao pessoal de confiança de Rubiales, que finalmente anunciou sua renúncia no dia 10.

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