Começa neste sábado o Campeonato Brasileiro feminino da primeira divisão de futebol. A competição segue com 16 times, mas o formato de disputa é novo. No lugar de dois grupos, será um turno único em que todos times se enfrentam e os oito primeiros colocados se classificam para fase de mata-mata.
Arthur Elias, técnico do Corinthians, campeão Brasileiro, acha que a mudança deixa a disputa melhor.
"Além de uma rodada a mais, teremos oportunidade de jogar contra todas as equipes. Entendo ser o critério mais justo para a classificação e principalmente para o descenso", explicou o treinador.
Para o técnico do Flamengo/Marinha, Ricardo Abrantes, a competição de 2019 é o formato correto para a profissionalização.
“É o caminho certo para tornar a competição atrativa para o público e para investidores”, afirmou.
Favoritos
Desde que o campeonato foi criado, em 2013, nunca uma equipe foi bicampeã. Com três jogadoras da seleção brasileira, o Corinthians quer mudar essa história e entra na competição como o time a ser batido.
“Não vejo como peso ser campeão. Pelo contrário. Vejo como dois dos motivos para termos confiança no nosso grupo e trabalharmos com a tranquilidade e dedicação necessária em busca dos nossos objetivos”, disse Arthur, que foi eleito o melhor técnico de 2018.
A estreia das campeãs vai ser contra a Ponte Preta, neste sábado (16), na cidade de Bálsamo, no interior de São Paulo. A Macaca herdou parte da equipe do Rio Preto, que foi vice-campeã em 2018.
“Montamos um time novo, só temos duas jogadoras do ano passado. Vai ser difícil enfrentar o campeão, mas acho que conseguiremos fazer um bom campeonato”, afirmou Chicão, técnico que também foi campeão nacional em 2015.
Os times do Flamengo e do Santos são os outros favoritos para levar o título em 2019. “Independentemente da competição, sempre entramos para vencer. No Flamengo/Marinha temos que ganhar ou ganhar o tempo todo”, comentou Ricardo Abrantes.
Incentivo de Conmebol e CBF
O ano de 2019 representa uma mudança significativa no futebol feminino brasileiro. Isso porque a CBF impôs que todos os clubes da primeira divisão masculina tivessem um time profissional de mulheres.
A entidade nacional seguiu os passos da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), que exigiu que os clubes que disputam a Copa Libertadores tenham também equipes femininas.
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Por tudo isso, o Brasileiro de 2019 terá duas divisões. A Série A1 com 16 times, e a A2 com 36 clubes, divididos em seis grupos. A segunda divisão começa no dia 27 de março.
Apoio da CBF
Em contrapartida à exigência da entidade, a confederação vai financiar parte dos custos que os clubes terão na competição.
A CBF vai pagar o transporte. Em viagens inferiores a 500 km serão pagas passagens rodoviárias ou aluguel de ônibus. No caso de distâncias maiores serão financiadas passagens aéreas. Além disso, os clubes terão ajuda com despesas de alimentação e hospedagem, para delegação visitante limitada a 25 pessoas.
Nas partidas realizadas em casa, os clubes receberão R$10 mil para cobrir despesas com arbitragem, ambulâncias, gandulas e exame-antidoping.
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