Brasileirão: líder e vice, Abel foca em ‘repetição’ no Palmeiras, e Filipe Luís prevê lesões no Fla

Palmeiras e Flamengo encerraram a quinta rodada do Brasileirão nas duas primeiras posições da tabela e agora têm mais do que a liderança em jogo — Bahia X Ceará fecham a série de jogos hoje. Alviverde e Rubro-Negro enfrentam rivais sul-americanos e a altitude no meio da semana pela Libertadores e encaram novos duelos pelo Brasileirão no próximo domingo (27).

O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, que completou quatro anos no cargo, reforçou a repetição como fórmula para sustentar o sucesso ao longo da temporada. No comando do Flamengo, Filipe Luís destacou o impacto da maratona de jogos e acendeu o alerta para o risco de lesões.

Palmeiras no Brasileirão

Na liderança isolada, com 13 pontos, o Palmeiras superou o Fortaleza por 2 a 1 no Castelão ontem e agora concentra suas atenções na competição continental. O desafio desta quinta-feira (24) será diante do Bolívar, em La Paz, cidade boliviana situada a mais de 3.600 metros de altitude.

Será um teste de resistência física e mental antes do confronto com o Bahia, no domingo (27), no Allianz Parque, na sequência do Brasileirão. Na competição nacional, o Verdão ainda não perdeu: depois do empate na estreia contra o Botafogo, são quatro triunfos consecutivos.

Na entrevista pós-jogo, Abel afirmou que segue fiel ao método que marca a passagem vitoriosa pelo clube. “Treino, repetição, consistência. É isso que digo todos os dias aos meus jogadores. Não há atalho. Não existe conforto no alto rendimento. Aos campeões, o desconforto é permanente”, afirmou o treinador.

“É preciso fazer escolhas difíceis. Jogadores que foram fundamentais em conquistas e deram tudo em campo muitas vezes precisam sair. Isso machuca, mas é necessário para manter o padrão competitivo”, completou o português.

Flamengo e a maratona de jogos

Do outro lado, o Rubro-Negro ocupa a segunda colocação, com 11 pontos, após empatar sem gols com o Vasco no clássico do último sábado (19).

Nesta terça-feira (22), o time vai a Quito, a 2.850 metros acima do nível do mar, para enfrentar a LDU, em duelo pela Libertadores. A altitude já gerou três baixas na delegação: De La Cruz, Allan e Alex Sandro ficaram no Rio de Janeiro.

Allan, que possui traços falcêmicos, novamente não foi relacionado para atuar em grandes altitudes, por conta dos riscos à saúde associados à condição. De La Cruz, que também apresentou reações em situações semelhantes, foi poupado pela comissão técnica. Já Alex Sandro segue em tratamento por conta de dores na coxa esquerda.

Com três pontos em dois jogos na Libertadores, o Flamengo joga para não se distanciar dos primeiros colocados do grupo, o que pode ocorrer caso a LDU e o Central Córdoba vençam nesta rodada. Passado o compromisso internacional, o time carioca volta a campo no domingo (27) para encarar o Corinthians no Maracanã.

Filipe Luís voltou a expressar preocupação com a carga de jogos enfrentada pelo elenco em entrevista após a partida com o Vasco.

“Jogo a cada três dias é desgastante. As lesões começam a aparecer. O jogador joga hoje, recupera amanhã, e depois de amanhã já tem que ir a campo de novo para se preparar para o próximo jogo. O prazo é muito complicado. Não tem tempo. Mas é igual para todo mundo. Depois que virei treinador, não tive mais folga. A rotina muda completamente. Agora entendo ainda mais o que vive quem está do lado de cá”, declarou.

Fluminense na briga

Logo atrás dos líderes, o Fluminense também mantém o ritmo em meio à maratona de competições. Com dez pontos, o Tricolor ocupa a terceira colocação no Brasileirão e terá, no próximo fim de semana, o clássico contra o Botafogo, no sábado (26), no Nilton Santos.

Antes disso, o time comandado por Renato Gaúcho enfrenta o Unión Española, nesta quarta-feira (23), no Chile, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana.

No domingo (20), o Flu deixou escapar a vitória diante do Vitória no Maracanã. Com gol de Cano ainda no primeiro tempo, parecia que a equipe manteria os 100% de aproveitamento sob o comando de Renato, que vinha de quatro vitórias em quatro jogos. Mas o empate sofrido aos 44 minutos da segunda etapa mudou o tom da partida.

“É difícil digerir quando o empate vem no fim, mas faz parte. Temos que seguir com a mesma intensidade”, afirmou Renato no pós-jogo.

Apesar do tropeço, o Fluminense lidera o Grupo F da Sul-Americana, com seis pontos em dois jogos. A partida no Chile será a primeira como visitante na competição continental. Na sequência, o time volta ao Rio de Janeiro e se prepara para o clássico estadual, decisivo para se manter no topo da tabela.