Arábia Saudita oficializa candidatura para sediar a Copa do Mundo de 2034

Após o Mundial no Catar, o torneio pode retornar ao Oriente Médio; 70 federações apoiam o país na campanha

09/10/2023 - 19h18 (Atualizado em 29/03/2024 - 10h01)

A Federação Saudita de Futebol (SAFF) enviou à Fifa uma carta de intenções e uma declaração assinada para apresentar a sua candidatura a sede da Copa do Mundo de 2034.

O envio dessa documentação, assinada por Yasser Al Misehal, presidente da SAFF, é a confirmação oficial do anúncio feito na última quarta-feira (4) e do compromisso do país em concordar com o processo de candidatura definido pela Fifa.

De acordo com a federação asiática, o projeto "reflete os objetivos da nação de criar novas oportunidades de futebol em todos os níveis e o seu compromisso de apoiar o crescimento do esporte em todos os cantos do mundo".

"Inspirando-se na transformação social e econômica da Arábia Saudita no âmbito da Visão 2030, bem como no amor de longa data do país pelo jogo bonito, a candidatura Arábia Saudita 2034 visa dar as boas-vindas ao mundo no Reino e promete um evento emocionante e memorável para os fãs", acrescenta.

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Misehal descreve a Copa do Mundo como um convite do país ao mundo para "testemunhar o desenvolvimento da Arábia Saudita, conhecer a sua cultura e fazer parte da sua história" e diz que os sauditas estão "empenhados em apresentar a candidatura mais competitiva possível" que também "contribuirá para unir o mundo por meio do futebol".

A SAFF recorda no seu anúncio que, imediatamente após ter declarado a sua intenção, mais de 70 federações da Fifa de todo o mundo prometeram publicamente o seu apoio, bem como o fato de terem sido disputados na Arábia Saudita diversos eventos esportivos internacionais, tanto masculinos como femininos.

Guerra entre Israel e Hamas: Confira os atletas brasileiros que tentam deixar o país

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Segundo o Itamaraty, cerca de 1.700 brasileiros demonstraram interesse em ser repatriados. A Força Aérea Brasileira iniciou as operações para trazê-los de volta. Entre essas pessoas, estão atletas do vôlei, handebol e judô que atuam e trabalham em Israel
— e que compartilharam os momentos de terror e o medo nos últimos dias. Confira:

Camila Caroline, jogadora do Maccabi Hod Hasharon, tem relatado pelas redes sociais os momentos de tensão vividos em Israel. A brasileira aguarda deixar o país com a ajuda da embaixada brasileira. "Pra quem está achando que é brincadeira, o bagulho é sério. As 12h daqui de Israel começou com os ataques. Quando soa a sirene temos um minuto e meio para procurarmos um local seguro chamado schelter (subsolo) para nos abrigar. O desespero é real, tudo treme. Ainda bem que não sou cardíaca", escreveu Camila em uma publicação

O medalhista olímpico de judô nas Olimpíadas de Londres, Felipe Kitadai, é mais um esportista que busca deixar Israel. Aposentado desde o ano passado, passou a trabalhar na seleção austríaca da modalidade

O judoca Charles Chibana, que atua como treinador da seleção israelense feminina e disputou as Olimpíadas do Rio em 2016, tenta deixar o país em segurança

A atleta de vôlei Jéssika Soares, que joga pelo Shfella Volleyball Association, na cidade de Rehovot, no distrito central de Israel

Leonardo Domenech, de 31 anos, atua pelo AS SGS Ramhat Hashron, na região de Tel Aviv

Beatriz Palmieri, que joga pelo Hapoel Ironi Kiryat Ata, do distrito de Haifa, no norte do país, também tem relatado pelas redes sociais a angustiante espera em busca de retornar ao Brasil. "Estamos esperando notícias da embaixada. O pessoal falou para aguardar, que eles vão entrar em contato. No mais, não temos mais o que fazer, já fizemos tudo que estava em nosso alcance", conta

A jogadora de handebol Bruna Camboim também disputa a liga israelense, pelo Maccabi Haarazim Ramat-Gan, na cidade de Tamat Gan, a leste de Tel Aviv

Mariana Dantas, que atua na liga de vôlei do país do Oriente Médio há poucos meses, é mais uma das atletas que buscam deixar a região após a escalada dos conflitos

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