Andrés Sanchez defende roubo de relógio em podcast: 'É um direito'
O ex-presidente do Corinthians disse que o Brasil é um país pobre, o que justifica a ação dos criminosos, e repudiou agressões
Futebol|Do R7
Na última terça-feira, o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez participou de um podcast e polemizou ao dizer que o roubo é um direito. Ele baseou o discurso no fato de o Brasil ser um país pobre e que força assaltantes a cometer atos criminosos por questão de sobrevivência. No entanto, o ex-dirigente repudiou o uso de armas e a agressão para roubar.
"O cara que roubou um relógio tem o direito. O Brasil é um país pobre. Na verdade, é um país rico, mas as pessoas estão ficando cada dia mais pobres. Então, o cara tem o direito de te roubar o relógio, mas ele não tem o direito de te dar uma facada ou um tiro por causa do relógio, por causa de um tênis, de uma bicicleta", disse Sanchez no podcast Casal Coringão.
As palavras de Sanchez repercutiram de maneira negativa nas redes sociais. Diversos internautas ficaram indignados com o comentário do ex-dirigente. "Que vergonha…. Que país é esse?", questionou um usuário.
Sanchez decidiu voltar a público e pedir desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas por sua fala e afirmou que fez um comentário equivocado. "Estive no podcast ‘Casal Corintiano’ e me expressei mal na frase ‘direito de roubar’. O que quis dizer é que se o bandido for te roubar, que ele não atire ou dê uma facada por causa de um tênis. Peço desculpas a quem se sentiu mal, pois não foi aquilo que eu quis dizer“, escreveu nas redes sociais.
Outro seguidor logo aproveitou a resposta para satirizar a presença do ex-dirigente no Timão. No entanto, o ex-Corinthians destacou as ações tomadas quando estava à frente do clube. “(Presidente) que fez o CT profissional, CT da base e Arena, que até 2008 não tinha nada e deu 1500 empregos diretos. Boa tarde”, retrucou.
Andrés Sanchez foi presidente do Corinthians de outubro de 2007 a dezembro de 2011. Ele deixou o mandato sem ter conquistado a Copa Libertadores da América, que era o "principal objetivo" do período. Em fevereiro de 2018, foi mais uma vez eleito como presidente do clube, mas em fevereiro de 2020 pediu licença do cargo. Menos de um mês depois, reassumiu o posto e permaneceu até janeiro de 2021.
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