No mês passado, uma multidão foi ao Ninho do Urubu no dia em que o Flamengo embarcou para Lima, onde disputaria a final da Copa Libertadores três dias mais tarde. "Vim de Niterói pensando que seria igual, mas hoje está muito fraco", contou a ambulante Luciana Pinheiro, que se deslocou mais de 60 quilômetros para tentar vender refrigerantes, cervejas e balas. "Cheguei às 7h da manhã, mas não vendi nada, nada mesmo", lamentou, por volta das 11h, quando desistiu de tentar e iniciou seu caminho de volta para casa.
O vendedor de churrasquinhos Maicol Douglas, 20 anos, também estava frustrado. "Eu vim da outra vez, vendi uns R$ 1 mil. Hoje, não deu R$ 100. Esculacharam nosso torcida", reclamou, citando o esquema de segurança montado. "O pessoal deve ter ido tudo pro aeroporto."
Vilmar Santana, de 42, estava mais resignado. Morador da região do Ninho, ele costuma vender faixas e bandeiras no local. Nesta sexta, ele chegou por volta das 9h e encontrou, ao menos, um movimento melhor que o de costume. "Bandeira sempre vende bem. Tô feliz."