Algoz do Brasil na Copa América em 2016, seleção peruana apresentou evolução
Futebol|Do R7
O Peru, rival deste sábado na última rodada da fase de grupos da Copa América, foi o algoz do Brasil na edição anterior do torneio, em 2016. Batizada de Copa América Centenário, a competição foi realizada nos Estados Unidos. Também na terceira rodada da fase de grupos, o Peru venceu por 1 a 0. Na ocasião, um gol de mão de Ruidíaz, validado pela arbitragem, determinou não só a vitória simples dos peruanos como também a eliminação da seleção ainda na primeira etapa. Naquele torneio não havia sido implantando o árbitro de vídeo (VAR).
"Eu fui o primeiro a reclamar, pois estava de frente para o lance e vi o toque de mão do peruano. Mesmo assim, a arbitragem validou o gol. Aquela eliminação serve como aprendizado para esta disputa", disse o goleiro Alisson, remanescente de 2016.
O resultado foi a gota dágua para a demissão do técnico Dunga e abriu caminho para o início da era Tite na seleção. Em sua passagem, Dunga ainda foi eliminado nas quartas de final da Copa América de 2015 e deixou o time no sexto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018. O Peru acabou caindo nas quartas de final diante da Colômbia. O campeão foi Chile, que derrotou a Argentina nos pênaltis, e conquistou o segundo título de sua história.
A vitória sobre o Brasil foi o símbolo da ascensão peruana. Nos últimos dez anos, a equipe subiu 35 posições no ranking da Fifa e está no 21.º lugar. No ano passado, o time foi à Copa da Rússia depois de 36 anos - acabou eliminado na primeira fase. Na América do Sul, porém, o Peru deixou de ser um saco de pancadas ao lado de Bolívia e Venezuela e virou uma equipe emergente.
Seus atletas conhecem o Brasil. O atacante Paolo Guerrero atua no País desde 2012; o meia Cueva está no Santos; o lateral Trauco joga no Flamengo; e o técnico Ricardo Gareca já trabalhou no Palmeiras. Outros quatro convocados já atuaram no País: o goleiro Gallese, o lateral Advincula, o meio-campista Yotún e Ruidíaz, carrasco de 2016.