Al Ain derruba River Plate e vai à final do Mundial de Clubes
Khalid Eisa, goleiro do time dos Emirados Árabes, se torna novamente herói da classificação defendendo penalidade de Enzo Pérez
Futebol|Do R7
Pela quarta vez na história do novo formato do Mundial de Clubes, uma equipe latina não estará presente. Isso porque o Al Ain (Emirados Árabes) empatou no tempo normal por 2 a 2 e superou o River Plate nas cobranças de pênalti por 5 a 4. Nesta quinta-feira, o Real Madrid enfrenta o Kashima Antlers na outra semifinal, com arbitragem brasileira.O jogo será às 14h30.
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Primeiro tempo
Logo aos dois minutos de jogo, um escanteio cobrado na primeira trave desviou no centroavante sueco Marcus Berg, passou por debaixo das pernas de Armani e, depois da bola correr em cima da linha, foi completada por Tongo Doumbia em um gol quase relâmpago.
Com esse panorama, o River se sentiu impelido a avançar suas linhas e buscar o empate rápido para não deixar o nervosismo tomar conta da equipe argentina. E a igualdade veio aos 10 minutos quando, depois de chute de Lucas Pratto muito bem defendido pelo goleiro Khalid Eisa, o rebote voltou para o centroavante que chutou e contou com um providencial desvio de Santos Borré para deixar tudo igual.
Mais tranquilo e percebendo os espaços que se apresentavam principalmente no contra-ataque, o Millonario foi certeiro quando, recebendo passe de Pity Martínez, Borré teve tranquilidade e frieza para bater por baixo de Eisa e virar o marcador a seu favor. Isso tudo com somente 16 minutos de partida.
Já na segunda parte da etapa inicial, os anfitriões voltaram a se sentir mais confortáveis e até chegaram perto do empate em chute forte de fora da área defendida por Armani além da insistência com fundamento nas bolas aéreas, momento onde o River constantemente se mostrava em desvantagem.
O Árbitro de Vídeo chegou a entrar em ação em duas oportunidades diferentes com um suposto pênalti quando Exequiel Palacios tocou com o braço na bola dentro da área e um gol do Al Ain marcado pelo meia Hussein El Shahat já aos 47 minutos que seria de igualdade.
Todavia, o italiano Gianluca Rocchi interpretou ao vivo e revendo o lance que não houve a penalidade e anulou o tento do clube do Oriente Médio alegando impedimento do camisa 74.
Segundo tempo
Assim como foi no início do compromisso, o Al Ain não demorou muito tempo para balançar as redes e se colocar vivo na partida por intermédio do atacante brasileiro Caio. Aos cinco, o camisa 7 recebeu ótimo passe do lateral japonês Tsukasa Shiotani, driblou o zagueiro Maidana e bateu forte, no contrapé de Armani, 2 a 2.
O jogo seguiu absolutamente aberto, com o River sendo mais eficiente em aproveitar os erros de marcação do oponente (também usando as entradas de Juan Quintero e Enzo Pérez nas vagas de Palacios e Nacho Fernández) e conseguindo chegar duas vezes seguidas com Santos Borré. Sendo que, em ambas, Khalid Eisa fez defesas providenciais, evitando gols praticamente certos dos argentinos.
Outra grande oportunidade para o clube de Buenos Aires surgiu quando Milton Casco foi derrubado dentro da área por Ahmed e Gianluca Rocchi marcou pênalti. Porém, na cobrança, Pity Martínez mandou a bola no travessão, mantendo tudo em pé de igualdade no estádio Hazza bin Zayed.
O desperdício da penalidade parece ter afetado os comandados de Marcelo Gallardo que, nos aspectos físico e anímico, já mostravam sinais perigosos de nervosismo e falta de intensidade diante de um empolgado e levado pela força da torcida local como estava o Al Ain. No entanto, nenhum dos dois times movimentou novamente o placar no tempo normal e a semifinal foi para a prorrogação.
Prorrogação
O cansaço e a tensão começaram a ser mais evidentes de ambas as partes com o adendo de que o River Plate foi a equipe que conseguiu formular oportunidades no início do primeiro tempo com Scocco onde Khalid Eisa conseguiu fazer importante intervenção.
Na etapa complementar, quem teve a grande chance foram os emiradenses quando Ahmed bateu no alto, de primeira, estando já na pequena área depois de cruzamento feito por Al Ahbabi e Armani precisou usar todo seu reflexo para espalmar.
Com a partida ficando em igualdade, os pênaltis foram a saída para definir o primeiro finalista do Mundial de Clubes. Enquanto os nove primeiros batedores converteram suas cobranças, o experiente Enzo Pérez teve sua cobrança defendida por Eisa e o Al Ain se colocou na decisão.
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