7 razões que tornam o Majestoso um dos maiores clássicos do mundo

Neste domingo (26), às 18h30, o estádio do Morumbi será palco de mais um capítulo do Majestoso, o clássico entre São Paulo e Corinthians, que há décadas mobiliza torcedores e define momentos históricos do futebol brasileiro. Com uma rivalidade repleta de títulos, o duelo entre os dois gigantes paulistas é considerado um dos maiores do mundo, carregando uma mística que vai além das quatro linhas.

Gigantes com títulos mundiais

Quando o assunto é títulos, São Paulo e Corinthians travam uma disputa equilibrada que alimenta ainda mais a rivalidade do Majestoso. No cenário internacional, o São Paulo leva vantagem com 10 conquistas, incluindo três Libertadores e três Mundiais, além de triunfos na Copa Sul-Americana, Recopa e Copa Master da Conmebol. Já o Corinthians possui quatro títulos internacionais, com destaque para os Mundiais de 2000 e 2012 e a Libertadores de 2012.

Por outro lado, em território nacional, o Corinthians domina a cena com sete Campeonatos Brasileiros, três Copas do Brasil, uma Supercopa e 30 títulos paulistas, consolidando-se como o maior campeão estadual. O São Paulo, por sua vez, soma seis títulos do Brasileirão e 22 Paulistas, ficando atrás do rival em número de troféus domésticos.

Na comparação de títulos da Copa do Brasil, o Corinthians ainda mantém vantagem sobre o São Paulo. O Timão conquistou o torneio em três oportunidades (1995, 2002 e 2009), enquanto o Tricolor só conseguiu levantar a taça recentemente, em 2023, quebrando o jejum histórico na competição.

Craques estrangeiros reverenciados

Os craques internacionais também deixam o Majestoso ainda mais efervescente, com os artilheiros Jonathan Calleri e Memphis Depay assumindo o protagonismo das equipes.

O atacante argentino do São Paulo conseguiu conquistar um lugar especial no coração da torcida tricolor, principalmente na primeira temporada pelo clube em 2016. “Ô, ôôôô... toca no Calleri que é gooool”, foi a música feita para o atacante argentino, quando Calleri teve uma passagem rápida e intensa pelo Tricolor.

Depois de atuar por West Ham, da Inglaterra, e pelos espanhóis Las Palmas, Alavés, Espanyol e Osasuna, Calleri enfim voltou para o São Paulo, e continua a estufar as redes com regularidade.

Do outro lado do clássico, o holandês do Parque São Jorge, Memphis Depay, foi anunciado pelo Timão em meados de setembro. Na ocasião, o time ocupava a 18ª colocação do Brasileirão. De lá para cá, o Corinthians engatou uma ótima sequência no Brasileirão e saltou da luta contra o rebaixamento para a classificação na Copa Libertadores de 2025.

Depay é o segundo maior artilheiro da história da seleção holandesa, com 46 gols, só ficando atrás de Robin van Persie, com 50 gols.

Atletas de seleção brasileira

O Majestoso também sempre foi repleto de craques e estrelas do futebol nacional, incluindo peças-chaves da seleção brasileira.

Começando pelos goleiros são-paulinos, Rogério Ceni e Zetti tiveram boas aparições com o plantel nacional. Ambos os ídolos do tricolor paulista foram campeões da Copa do Mundo, com Rogério em 2002 e Zetti, em 1994.

Defendendo as traves do Timão, Cássio e Dida também tiveram oportunidades na seleção brasileira. A Copa do Mundo de 2018 tinha como terceiro goleiro o ídolo Cássio. Já Dida, integrou a equipe campeã de 2002, comandada por Luiz Felipe Scolari, o Felipão.

Outros tricolores brilharam na seleção, como Cafu, Raí e Muller. Já no lado alvinegro, Sócrates, Vampeta e Rivellino marcaram gerações com a amarelinha.

Confronto com muita história

São quase 95 anos de muita rivalidade e jogos inesquecíveis. Partidas dramáticas, confrontos intensos, heróis que surgiram nos dois lados do campo. Dá para escrever um livro só com as histórias de cada partida. Mas vamos ver os números?

No histórico geral do clássico, o Corinthians leva vantagem sobre o rival. Em 362 jogos oficiais disputados, o Timão venceu 133 vezes, enquanto o São Paulo saiu vitorioso em 113 oportunidades. Além disso, 116 partidas terminaram empatadas, mostrando o equilíbrio da disputa.

Quando o assunto é gols marcados, o Corinthians também aparece na frente. O Alvinegro balançou as redes 523 vezes, enquanto o Tricolor Paulista marcou 480 gols no duelo.

Multidão de olho no jogo

São Paulo e Corinthians possuem algumas das maiores torcidas do Brasil, consolidando-se como gigantes não apenas no futebol paulista, mas no cenário nacional. De acordo com dados recentes, o Corinthians é o segundo clube com mais torcedores no país, reunindo 14,5% da preferência nacional, enquanto o São Paulo, com sua tradição e conquistas, aparece com 7,6% dos torcedores brasileiros.

A média de público dos dois times também é a maior do Brasil. No Campeonato Paulista de 2024, o São Paulo registrou uma média de 45.512 torcedores por jogo, a maior desde 1977, quando o Corinthians teve uma média de 53.716 pagantes.

Lendas do futebol vestiram essas camisas

O primeiro clássico entre Corinthians e o recém-fundado São Paulo ocorreu em 25 de maio de 1930, no Parque São Jorge, jogo válido pelo Campeonato Paulista de 1930. Neste mesmo ano, Arthur Friedenreich, também conhecido como “El Tigre”, jogava pelo São Paulo, consolidando-se como o maior jogador da década. Com sua habilidade e faro de gol, Friedenreich se destacou não apenas pelo seu desempenho no clube, mas também por sua atuação na seleção brasileira. Seu legado no futebol brasileiro é imenso, com dados extraoficiais atribuindo-lhe a marca de 1.329 gols, superando até Pelé.

O lado alvinegro também não fica para trás. O que dizer sobre Sócrates, um dos maiores ídolos da história do Corinthians, por exemplo? Jogando pelo Timão de 1978 a 1984, Sócrates foi o líder da “Democracia Corintiana”, movimento que transformou a forma como o clube era administrado. Conhecido por sua classe, visão de jogo e inteligência tática, ele não só encantou os torcedores com seus dribles e passes precisos, mas também ajudou o Corinthians a conquistar títulos importantes, como o Campeonato Paulista de 1979.

Isso sem falar em Raí, Rivelino, Kaká, Marcelinho Carioca, Rogério Ceni, Neto, Careca…

Palco de espetáculos

Um palco deve estar à altura de um grande espetáculo. E o estádio do Morumbi, casa do São Paulo, foi projetado para ser um espaço para abrigar jogos grandiosos e shows monumentais.

Inicialmente, ele tinha capacidade para atender até 150 mil espectadores, mas com reformas e renovações, passou a abrigar a metade desse público.

Isso não impediu que a casa dos são-paulinos continuasse a ser um lugar onde o público iria para ver espetáculos, seja os jogos mais disputados de campeonatos nacionais ou internacionais, com o São Paulo em campo ou não, seja para ver shows do nível de U2 e Coldplay, além do Oasis, que vão tocar por lá em novembro.