O Flamengo perdeu em La Paz para o Bolívar por 1 a 0 nesta quarta-feira, pela 4ª rodada do Grupo 7 da Copa Libertadores, e complicou de vez suas chances de avançar às quartas de final da competição continental.
O gol da vitória boliviana foi marcado pelo atacante Arce, ex-Corinthians, em cobrança de pênalti logo aos 4 minutos de jogo.
Com o resultado, o Flamengo se manteve com quatro pontos, mas caiu para a lanterninha do grupo, ultrapassado pelo Bolívar (6 pontos) e pelo León (7), que venceu o Emelec (6) por 3 a 0 no México, também nesta quarta-feira.
Se jogar na altitude de 3.600 metros da capital boliviana já é complicado, o Flamengo, como geralmente acontece na Libertadores, não se ajudou.
Na estreia da competição, contra o León no México, em 12 de fevereiro, o volante Amaral foi expulso após entrada criminosa e deixou o Flamengo com um jogador a menos por mais de uma hora de jogo. Com a desvantagem numérica, o time sucumbiu à pressão dos mexicanos e perdeu por 2-1.
Nesta quarta-feira, logo aos 4 minutos, Samir recebeu uma bola na entrada da própria área, mas escorregou na hora do domínio e precisou derrubar o atacante uruguaio Ferreira, que roubou a bola e ficou cara a cara com Felipe.
O próprio Arce cobrou, com firmeza no meio do gol, e abriu o placar para a equipe boliviana.
Perdendo por 1 a 0, Jayme de Oliveira teve que desistir da tática inicial de compactar a equipe atrás, avançando o time em busca do empate.
A nova postura abriu brecha para o veloz time anfitrião aproveitar para armar ótimos contra-ataques, enquanto o Fla não conseguia levar perigo ao gol de Quiñonez.
Aos 15 minutos, Ferreira foi lançado nas costas de Samir, e Felipe teve que ir buscar a bola nos pés do atacante uruguaio para salvar o Flamengo.
Aos 22, Arce arriscou uma bomba de longe e o goleiro rubro-negro fez uma boa defesa em dois tempos.
No primeiro tempo, o Fla não viu a cor da bola, se contentando em correr atrás dos jogadores bolivianos, que só não ampliaram por falta de pontaria.
A aposta de Jayme para esta partida, Carlos Eduardo no lugar do lesionado Elano no meio, não deu certo. O meia, muito criticado pela torcida por falta de empenho em campo e pela incapacidade de armar jogadas, teve atuação apagada.
No intervalo, o treinador carioca promoveu a entrada do veloz Paulinho no lugar de Gabriel para tentar acordar o time. O Flamengo, porém, continuou muito lento no meio, sem criatividade e qualidade no passe.
A primeira jogada bem trabalhada do Flamengo no jogo aconteceu apenas aos 13 minutos do segundo tempo, quando Paulinho lançou André Santos na esquerda. O lateral cruzou rasteiro para Hernane, mas Gutiérrez cortou com um carrinho providencial.
O Bolívar manteve amplo domínio das ações ofensivas, chegando com muitos jogadores à área carioca, mas finalizava em cima de Felipe ou na arquibancada.
O time boliviano quase foi castigado aos 17, quando Carlos Eduardo encontrou dentro da área Paulinho, que acertou um belo voleio de primeira. A bola caprichosamente foi parar nas mãos de Quiñonez.
Aos 31, o Bolívar levou um pouco mais de perigo num chute de Arrascaita, mas Felipe espalmou para escanteio.
O Flamengo teve uma última chance de voltar para o Rio com um pontinho na bagagem. Aos 42 minutos, o argentino Lucas Mugni, que entrou no lugar de Carlos Eduardo, recebeu dentro da pequena área, fez duas embaixadas e chutou rente à trave direita de Quiñonez, que só olhou a bola sair.
Agora, se quiser ter qualquer esperança de classificação, o Flamengo precisa vencer o Emelec em Quito, em 2 de abril. Antes, no dia 27 de março, o Bolívar viaja ao México para encarar o León.
am/lr