Por Simon Evans
LISBOA (Reuters) - Um dos eventos esportivos afetados pela pandemia de Covid-19, a Liga dos Campeões inicia sua fase final com os oito melhores times da Europa em uma eliminatória de 12 dias na capital portuguesa, com a decisão programada para 23 de agosto.
Mas enquanto milhões vão sintonizar no evento em todo o mundo, andando pelas ruas de Lisboa não parece que tudo isto está perto de acontecer.
Não há placas de boas-vindas no aeroporto e nenhum dos habituais anúncios de marketing relacionados ao futebol. Não há locais para a torcida se reunir na cidade, nem cartazes com os craques ou a tradicional correria pelos últimos quartos de hotel disponíveis.
Com os torcedores proibidos de assistir aos jogos e até mesmo o número de membros da imprensa bastante limitado, não haverá incentivos para bares e restaurantes locais.
Na verdade, é improvável que este seja um momento de festa para os moradores de Lisboa. A cidade continua em estado de alerta por causa da pandemia do coronavírus até à meia-noite do dia 14, o que significa que o consumo de álcool em público é proibido, a venda de álcool se encerra às 20h locais, e os restaurantes fecham às 23h.
Máscaras são obrigatórias no transporte público e grandes aglomerações estão sendo desencorajadas.
As equipes vão ficar em 'bolhas' seguras nos seus hotéis e instalações de treino, das quais apenas podem sair com autorização explícita e são avisadas para não encontrarem pessoas de fora do elenco e comissão técnica.
"A operação está focada nos estádios, hotéis e locais de treinamento", disse Luis Elias, da força policial, em entrevista coletiva na terça-feira.
(Reportagem adicional de Victoria Waldersee e Miguel Pereira)