(Reuters) - Novak Djokovic conversou com o chefe da ATP, Andrea Gaudenzi, antes do Aberto de Roma a respeito de sua entidade de jogadores, afirmou o número um do mundo, reiterando que a nova associação pode ser um "acréscimo positivo" aos tenistas do circuito masculino.
Em uma decisão surpreendente, Djokovic deixou o cargo de chefe do conselho de jogadores da ATP no mês passado, junto com os integrantes Vasek Pospisil, John Isner e Sam Querrey, e anunciou a formação da Associação de Jogadores de Tênis Profissional (PTPA, na sigla em inglês).
"Eu encontrei Andrea. Tivemos uma reunião de jogadores e ele fez uma apresentação para nós. Foi há cerca de dois dias", disse o sérvio a repórteres depois de passar para a terceira rodada em Roma com uma vitória sobre o italiano Salvatore Caruso.
“Durou cerca de duas horas. Tive também uma conversa privada com ele. Não temos qualquer problema.”
"Sempre tivemos uma relação muito transparente e aberta, Andrea e eu. Nos conhecemos há muitos anos. Eu o respeito muito", completou.
Djokovic descreveu a PTPA, que segundo ele já atraiu o apoio de mais de 200 jogadores, como uma plataforma para opiniões dos atletas que pode coexistir com a ATP.
Os órgãos dirigentes do tênis, no entanto, se opuseram à medida e pediram unidade, agora que o esporte foi retomado após um longo período de paralisação devido à pandemia de Covid-19.
A iniciativa de Djokovic encontrou oposição de Roger Federer e Rafael Nadal, enquanto o presidente interino do conselho de jogadores, Kevin Anderson, não conseguiu ver como a PTPA poderia coexistir com a ATP na estrutura atual.
(Reportagem de Sudipto Ganguly em Mumbai)
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