Os pilotos de Fórmula 1, inclusive o tetracampeão britânico Lewis Hamilton, mostraram uma unanimidade rara se filiando ao sindicato da categoria devido a preocupações com o rumo do esporte.
O presidente da Associação de Pilotos de Grande Prêmio, Alex Wurz, disse à rede BBC nesta quarta-feira (13) que agora a organização sediada em Mônaco tem 100% de filiação "talvez pela primeira vez na história".
Hamilton, que conquistou seu quarto título com a Mercedes neste ano, não esteve filiado nas últimas temporadas, e Kimi Raikkonen, campeão com a Ferrari em 2007, não era nem membro.
Wurz disse que a F-1, cuja propriedade passou para a norte-americana Liberty Media em janeiro, está entrando em período de evolução, mudança e talvez de algum grau de tumulto.
"Eles (pilotos) reconhecem que precisam estar unidos e representados para enfrentar esse desafio", afirmou.
A maioria dos contratos entre equipes e detentores de direitos comerciais vence até o final de 2020, assim como um acordo sobre o tipo de motor que a modalidade deveria usar.
A Ferrari, escuderia mais antiga e bem-sucedida da F-1, que recebe pagamentos especiais e tem direito de veto, ameaçou sair se considerar que as mudanças vão de encontro aos seus interesses.
O ex-piloto de F-11 Wurz disse que uma das maiores preocupações é o risco de valores essenciais serem reduzidos.
O austríaco afirmou que os pilotos querem evitar que qualquer política de disputa de poder acabe comprometendo o desempenho na pista. E, por isso, os pilotos acreditam que a união é fundamental para o sucesso do esporte.
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