Pietro Fittipaldi: uma vida dedicada às pistas chega à Fórmula 1 em 2019
Neto do bicampeão mundial, Emerson Fittipaldi (1972 e 1974), jovem de 22 anos dá mais um passo na carreira como piloto de testes da equipe Haas
Automobilismo|Carla Canteras, do R7

A temporada da Fórmula 1 começa em março, com o GP de Melbourne, na Austrália. Os primeiros testes de 2019 acontecem de 18 a 21 de fevereiro, em Barcelona, na Espanha. Para uma pessoa em especial esses quatro dias são esperados desde os quatro anos. A pessoa em questão é Pietro Fittipaldi, piloto de testes da equipe Haas.
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“É um grande passo na minha carreira. A meta não é só ser piloto de testes. Um dia quero ser titular na F-1 e ser campeão. Sempre foi meu sonho”, revelou Pietro em entrevista ao R7, enquanto participava dos testes da Fórmula E, na equipe Jaguar, em Marrocos.
Como o sobrenome indica, o automobilismo corre no sangue. Pietro é neto de Emerson Fittipaldi, bicampeão mundial da Fórmula 1 (1972 e 1974). A paixão por corrida é tanta que o jovem de 22 anos não consegue contar um sonho que não seja ligado ao esporte.
“Minha vida inteira sempre foi em uma pista de corrida. É difícil ter sonho que não é envolvido com corrida. É muito difícil eu dizer”, afirmou o piloto.

Começo no kart
Pietro corre de kart desde os quatro anos. Não pense que ele acha que perdeu a infância ao levar o automobilismo a sério desde tão pequeno.
“Todos os finais de semana, a partir de quinta-feira depois da escola, minha mãe levava eu e meu irmão [Enzo Fittipaldi – piloto da Academia de jovens da Ferrari] para a pista de kart. Nós treinávamos, corríamos. Minha infância sempre foi nas pistas e todos os meus amigos também eram do kart.”
Daquele tempo até hoje, Pietro conquistou títulos nas categorias de base do automobilismo. Com 15 anos, ganhou o campeonato da categoria Late Model, da Nascar, nos Estados Unidos; em 2014, a Fórmula Renault Inglesa; e em 2017, a Fórmula V8, antiga World Series.
Acidente em 2018
O automobilismo pode ser um esporte apaixonante, mas é de muito risco. Quase todo piloto tem uma história de um acidente grave na carreira.
O susto de Pietro aconteceu no ano passado, em Spa-Francorchamps, na Bélgica, na abertura do Mundial de Endurance. Ele bateu forte contra um muro. Teve fratura exposta na perna esquerda e quebrou o tornozelo direito, com ruptura de todos os ligamentos.
“Você nunca acha que vai passar por um acidente grave. Normalmente, estamos assistindo quando acontece com os outros. Aí foi comigo e abri o olho. Automobilismo é um dos esportes de mais perigo. Mas faço o que amo”, explicou Pietro.
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A paixão é tanta que em dois meses Fittipaldi voltou às pistas na Fórmula Indy, depois de ser operado nas duas pernas.
“Foi difícil no começo, porque ainda estava dirigindo com uma perna quebrada. Mas toda corrida minha perna melhorava um pouco e ia ficando mais forte”, contou o piloto de testes da Haas.

Primeira vez
Em novembro do ano passado, Pietro dirigiu um F-1 pela primeira vez, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Lá, fez um teste da Pirelli, empresa de pneus da categoria. Foi bem e impressionou os chefes da equipe Haas.
“Dirigir um carro da F-1 pela primeira vez foi uma experiência que eu nunca vou esquecer. O carro é muito, muito rápido”, comemorou Pietro.
Família Fittipaldi
Pietro reconhece que ter um sobrenome de peso abriu portas para ele. Mas explica que se sente muito mais pressionado por seus sonhos, do que pelo nome Fittipaldi.
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“É um privilégio estar numa família tão grande de automobilismo. Ajuda muito e é divertido estar aqui. Mas não estou aqui me divertindo. Estou aqui para ganhar. Meu sonho é ser campeão da Fórmula 1. Então, ninguém pode colocar mais pressão em mim do eu mesmo me coloco”.
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