Nikita Mazepin, piloto russo, teve seu contrato rompido pela equipe Haas
Divulgação/HaasA equipe americana de Fórmula 1 Haas anunciou sua decisão de encerrar "com efeito imediato" seu relacionamento com o patrocinador russo Uralkali e o contrato do piloto Nikita Mazepin, também russo, devido à invasão da Ucrânia.
"Assim como toda a comunidade da Fórmula 1, a equipe está chocada e triste com a invasão da Ucrânia e deseja um fim rápido e pacífico para o conflito", escreveu a Haas em um comunicado.
A identidade do substituto de Mazepin não foi divulgada imediatamente, mas deve ser conhecida antes da segunda e última rodada de testes de pré-temporada, que será realizada no Bahrein de 10 a 12 de março. Uma forte possibilidade é que o brasileiro Pietro Fittipaldi, neto de Emerson, assuma o lugar do russo. Pietro é piloto de testes e também substituto da Haas. O italiano Antonio Giovinazzi, que correu na Fórmula 1 até o ano passado — e não renovou com nenhuma equipe —, também é cotado para a vaga.
Nikita Mazepin, de 23 anos, é filho do milionário e oligarca russo Dmitry Mazepin, acionista do grupo Uralkali, especialista na produção de potássio, e seu contrato estava vinculado ao patrocínio da equipe.
Na última jornada da sessão de testes de pré-temporada de Montmeló, em 25 de fevereiro, a Haas decidiu remover de seus carros as cores russas da Uralkali, que geralmente os adornavam.
A promotora do Campeonato Mundial de Fórmula 1, a Formula One, anunciou na quinta-feira (3) a rescisão definitiva de seu contrato com a promotora do Grande Prêmio da Rússia, cuja edição de 2022 seria a última organizada em Sochi, antes da mudança para São Petersburgo.
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Na segunda-feira (28), o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou o veto a russos e belarussos em competições esportivas, quebrando uma longa tradição de não intervenção em debates políticos ou geopolíticos.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu, por sua vez, autorizar pilotos russos ou belarussos em suas competições, incluindo a Fórmula 1, mas com bandeira neutra.
Antes, havia anunciado que "nenhuma competição internacional ocorrerá na Rússia ou em Belarus até nova ordem" e que "nenhuma bandeira, símbolo ou hino da Rússia ou de Belarus será usado em competições internacionais até nova ordem".
Nikita Mazepin mostrou sua tristeza diante da decisão da Haas em uma reação nas redes sociais.
"Estou muito desapontado ao saber que meu contrato na Fórmula 1 foi quebrado. Embora eu entenda perfeitamente as dificuldades que surgiram, a decisão da FIA [de autorizar os pilotos russos a competir sob condições] e minha vontade de aceitar as condições propostas para prosseguir foram completamente ignoradas, e nenhum procedimento foi seguido nessa medida unilateral", escreveu ele.
"Não direi mais nada nos próximos dias", afirmou o piloto.