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Assembleia Legislativa do Rio vai transmitir jogos das Séries B e C do Carioca

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Ver gente de terno, jogadas ensaiadas, pisadas na bola e, mais raro, algum gol de placa, são coisas que quem assiste às sessões da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pela TV da instituição já está acostumado. Mas em breve será possível também ver tudo isso com seus significados mais literais. Isso porque a TV Alerj está firmando um acordo com a Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj) para deixar de exibir apenas as sessões no belo Palácio Tiradentes e transmitir também os jogos das Séries B e C do Estadual.

O termo de cooperação ainda está sendo alinhavado, mas a intenção é que a transmissão de jogos de futebol pela TV do Legislativo fluminense aconteça já este ano. "O objetivo é dar visibilidade ao esporte do interior. Não é uma questão que envolve apenas lazer, mas também move a economia e gera mercado para os jogadores", justifica o diretor geral da Alerj, Wagner Victer.

Segundo ele, a transmissão dos jogos não irá gerar nenhum custo extra. A ideia é usar toda a estrutura que já existe na TV Alerj, com os repórteres e equipe técnica que trabalham na transmissão das sessões e outros eventos. Segundo Victer, alguns desses profissionais já trabalharam em emissoras comerciais e têm conhecimento para atuar em transmissões esportivas. Além disso, a Ferj também poderá ceder profissionais.

"Não vai haver nenhum anunciante associado. É uma geração de conteúdo de fomento ao esporte", diz ele. "E atividades de transmissão externas estão dentro do escopo da TV Alerj. Ela está em sinal aberto, então a gente está incentivando atividades ligadas ao esporte e à cultura. Transmitimos atividades de música que acontecem na Sala Cecília Meireles, e podemos eventualmente transmitir competições de esportes tipicamente do Rio de Janeiro, como frescobol, kart, coisas que não têm cobertura, mas tem toda uma atividade econômica envolvida e interessados em assistir."

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A proposta prevê a transmissão de um jogo por final de semana, e serão priorizadas partidas que aconteçam na região metropolitana do Rio e na baixada fluminense. "Hoje, nos grandes clubes, você tem aquela operação de streaming, com Flu TV, Fla TV. Mas, e os pequenos? Como você vai ver alguma coisa do Bonsucesso, do Olaria, do América, do Bangu, esse pessoal que tem torcida?", questiona Victer.

O diretor também avalia que a transmissão dos jogos pela TV da Assembleia poderá servir para que atletas tenham mais projeção. "Vamos registrar os grandes craques de várzea. Será que a gente não vai pegar algum gol que seja Prêmios Puskás?", indaga, citando a premiação anual da Fifa ao gol mais bonito da temporada.

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"Eu mesmo fico muito decepcionado de não ter transmissão na minha época. Não sei se você sabe, pode pesquisar, fui o maior artilheiro da história da Ilha do Governador. Cheguei a jogar nas divisões de base da Portuguesa (carioca). Sou famoso na Ilha do Governador por ser o cara que conseguiu fazer 19 gols numa partida de futebol, num campeonato de pelada na Ilha", cita. "Se tivesse sido registrado, provavelmente eu estaria no Guinness. Acho que quem mais fez gol numa partida foi Pelé e Dario, com oito gols. São oportunidades que a gente dá para futuros atletas terem registro na história, e não virar história de pescador."

Procurada pelo Estadão, a Ferj preferiu não se manifestar oficialmente porque o termo de cooperação ainda está sendo analisado pelo setor jurídico. A reportagem não conseguiu confirmar se Victer marcou mesmo 19 gols num jogo, ou se essa foi mais uma história de pescador.

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