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Apartamento de ex-diretor do Corinthians é invadido e ladrões levam mais de R$ 140 mil e joias

Criminosos alugaram imóvel no mesmo prédio do médico Jorge Kalil, e dias depois, realizam o crime; uma suspeita já foi presa

|André Carvalho, da Agência Record

Apartamento no bairro de Moema, em São Paulo, foi alvo de ação de criminosos
Apartamento no bairro de Moema, em São Paulo, foi alvo de ação de criminosos

A polícia civil conseguiu prender uma mulher, suspeita de participar da invasão do apartamento do ex-diretor do Corinthians, o médico, Jorge Kalil, no início de Abril.

Para invadir o imóvel do ex-dirigente do Corinthians, os criminosos alugaram um apartamento, no mesmo prédio do médico, localizado em Moema, na zona sul de São Paulo.

O plano para invadir o imóvel começou no dia 23 de março. Segundo as investigações, a quadrilha precisou de quatro visitas para cometer o crime. Uma mulher, identificada como Camila Mathias de Paula, visitou o apartamento, que estava para alugar, na companhia da síndica do prédio.

No dia primeiro de abril, Camila voltou ao condomínio com todos os documentos necessários para alugar o imóvel e mais R$18.000,00, em dinheiro, que seria o calção para o aluguel. No dia 05 de abril, a mulher retornou ao edifício com um prestador de serviço, para instalação de uma cortina.


Aproveitando o feriado prolongado, no dia oito de abril, Camila chegou ao condomínio em um Toyota Corolla, de cor prata, com outros dois homens, identificando-se como nova moradora de um apartamento. Ela teve a entrada liberada pelo porteiro do prédio.

O trio subiu de elevador até o apartamento alugado, no oitavo andar do edifício. Na sequência, os três subiram, de escada, até o 13º andar, onde mora Jorge Kalil. O médico não estava em casa no momento do crime.


O imóvel foi aberto sem arrombamento. Os suspeitos ficaram cerca de uma hora dentro do apartamento de Kalil e saíram com uma mala de viagem. Foram levados do apartamento 140 mil reais, 15 mil dólares (R$ 75,8 mil na conversão de valores), 10 mil euros (R$ 55,4 mil na conversão), diversas joias, 20 relógios de pulso, oito canetas Mont Blanc, entre outros bens de grande valor.

Após o roubo, policiais civis da 2ª Seccional Sul, passaram a investigar o roubo e constataram que os documentos usados para o aluguel eram falsificados.


Com as imagens da suspeita, os policiais conseguiram identificar a mulher como sendo Camila Mathias de Paula. Ela foi presa e confessou que foi usada pela quadrilha para alugar o imóvel. Com a mulher, os policiais localizaram R$2.800,00.

A polícia civil agora trabalha para identificar os outros dois suspeitos do crime.

O advogado de Camila, Reinalds Klemps informou em nota que "a prisão da Camila foi uma resposta e não solução para o caso. Ela foi utilizada como peça descartável por terceiros que possuem expertise em crimes patrimoniais. Camila não orquestrou, não organizou e apenas foi um peão na empreitada. Importante destacar que a Camila não possui antecedentes criminais e jamais foi processada ou investigada por qualquer crime anterior aos fatos. Entendemos que a sua prisão é desproporcional e fere o princípio da presunção da inocência. Esperamos que tão logo seja possível a sua liberdade, seja aceita pelo juízo que conduz o caso".

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