Seis pessoas são acusadas de negligência por tragédia em estádio na Indonésia
Invasão no Kanjuhuran terminou em confusão generalizada entre torcedores e policiais; foram 131 mortos e mais de 460 feridos

A Polícia Nacional da Indonésia acusou seis pessoas de negligência pela tragédia que deixou 131 mortos e mais de 460 feridos após um tumulto no Estádio Kanjuhuran, na cidade de Malang, ocorrido no último no sábado (1º). Entre os acusados estão o presidente da Liga de Futebol Indonésia, Ahmad Hadian Lukita, o presidente-executivo do clube Arema FC, Abdul Haris, e o chefe de segurança da arena, Suko Sutrisno. Três policiais também foram incriminados.
O anúncio foi feito pelo chefe de polícia Listyo Sigit Prabowo, nesta quinta-feira (6), em entrevista coletiva. A autoridade afirmou que as acusações estão baseadas nos artigos 359 e 360 do Código Penal indonésio, que versam sobre negligência que resulta em morte ou lesão grave.
O uso de gás lacrimogêneo pelas forças de segurança, responsável por provocar a correria de torcedores das arquibancadas para o gramado, está sendo investigado.
A confusão aconteceu no duelo entre o Arema FC e o Persebaya Surabaya, válido pelo Campeonato Indonésio. Após a derrota por 3 a 2, os torcedores do Arema desceram ao gramado, provocando confrontos com a polícia, que respondeu com cassetetes e gás lacrimogêneo, o que causou a debandada de milhares de pessoas. Entre os mortos, estão 32 menores, com idade entre 4 e 17 anos. Não havia torcida rival no estádio.
O delegado explicou que a maioria das vítimas morreu por asfixia e fraturas, ao tentarem escapar por alguns dos portões, que estavam apenas 1,5 metro abertos, o que provocou uma grande aglomeração. Prabowo também indicou que houve falhas na segurança do estádio, que não foram resolvidas desde 2020. Até agora, as autoridades suspenderam dez policiais, incluindo o chefe de polícia de Malang, enquanto investigam outros 20 por sua atuação nos eventos de sábado.
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As imagens de terror correram o mundo, e, em meio a pressões dentro e fora do país, o presidente indonésio, Joko Widodo, decidiu abrir uma investigação independente, para punir os responsáveis pela tragédia e avaliar a atuação da polícia.
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