O Campeonato Espanhol começa neste sábado com as atenções voltadas para Lionel Messi, mesmo que o argentino não esteja em campo. Depois de abalar os alicerces do Barcelona com a sua ameaça de saída, o craque é a maior estrela da competição, em uma equipe em reconstrução e na qual poderá não ter um de seus melhores escudeiros, o uruguaio Luiz Suárez.
Messi voltou aos treinos no Barcelona, para alívio da torcida catalã, mas as feridas abertas no dia 25 de agosto, quando ele anunciou a sua intenção de deixar o clube, ainda estão abertas. "Jamais irei à Justiça contra o Barcelona. É o clube que amo, que me deu tudo desde que cheguei, o clube da minha vida. Vou continuar no Barça e a minha atitude não vai mudar porque queria sair", disse Messi em entrevista ao site Goal.com, na qual criticou a atual diretoria do Barcelona.
O primeiro jogo da nova temporada do Campeonato Espanhol será Eibar x Celta, neste sábado, às 11 horas (de Brasília). No mesmo dia, o Granada enfrenta o Athletic Bilbao e o recém-promovido Cádiz encara o Osasuna.
Messi ainda tem duas semanas para se preparar, já que o Barcelona não vai começar a disputar o Campeonato Espanhol neste sábado. A estreia da equipe será no próximo dia 27. Depois da última temporada desastrosa, quando o clube não conquistou nenhum título, o craque reiterou que quer ser competitivo.
O argentino, apesar de tudo, será peça fundamental sob as ordens do novo treinador do Barcelona, o holandês Ronald Koeman. "Ele é o melhor do mundo e talvez você queira tê-lo em seu time e não o contrário. Eu adoraria tê-lo porque ele ganha jogos", disse Koeman em sua apresentação. Porém, o novo treinador já mostrou que não conta com Suárez.
Uma coisa está clara. No novo Barcelona de Koeman, Messi terá de buscar maior conexão com o artilheiro francês Antoine Griezmann. Na temporada passada, os dois não se acertaram. "Foi parecido com o que aconteceu comigo e Mbappé. No começo, não nos encontramos e eu precisava de tempo para conhecê-lo", explicou Griezmann em entrevista à rede RTL.
Um brasileiro também pode ser peça fundamental da reconstrução do Barcelona a partir da chegada de Koeman. O meia Philippe Coutinho retornou à equipe catalã depois de passar uma temporada emprestado ao Bayern de Munique. Na Alemanha, após altos e baixos, deu sinais de que pode recuperar o bom futebol, fez 38 partidas, marcou 11 gols e conquistou o título da Liga dos Campeões. Em 2018, o brasileiro custou 120 milhões de euros (R$ 755 milhões pela cotação atual) e é a contratação mais cara da história do clube.